Edição 556
AdNorte aconselha moradora a colocar “válvula antirretorno”
Meia hora de chuva é o suficiente para que a água de saneamento entre na habitação de Delfina Araújo, situada na Rua Central de Cedões, em Santiago de Bougado. A moradora queixa-se que esta situação acontece desde que foi colocada “a rede de saneamento à porta” de casa. “As tampas abrem e todo o tipo de resíduos são despejados para dentro de casa. A Trofáguas mandava cá vir uma pessoa desentupir a conduta do saneamento aqui à porta, mas a situação nunca foi resolvida”, adiantou a moradora.
A situação teve maiores contornos na manhã de 10 de janeiro, com as inundações provocadas pela chuva intensa. Depois de questionada pelo NT – e já após a saída para as bancas da edição do jornal que deu conta do acontecimento – fonte da Águas do Norte informou que “esta situação não era causada por avaria/obstrução, mas sim pelo funcionamento em carga do coletor, potenciado pelas condições climatéricas adversas e grande pluviosidade que se fizeram sentir no concelho da Trofa”. “Após a normalização do escoamento, procedemos a uma limpeza no ramal”, referiu.
Fonte da Águas do Norte (AdNorte) explicou que “este prédio localiza-se numa cota ligeiramente mais baixa do que o arruamento”, facto que a empresa é “completamente alheia e que potencia o retorno e transvaze das águas residuais pelas caixas de visita predial instaladas no pátio exterior da casa”. “Nesse sentido, a AdNorte aconselha a proprietária a realizar uma correção na sua rede predial, através da instalação de uma válvula ‘antirretorno’ que garanta a estanquicidade e evite futuros constrangimentos”, mencionou.
Outra das situações reportadas pela moradora foi a construção de um muro no leito do rio que poderá estar na origem do “estreitamento do rio, impedindo ainda as águas que correm da Rua Central de Cedões para o Rio Trofa de descer, provocando inundações”.
Fonte da Agência Portuguesa do Ambiente afirmou que vai remeter o caso para “a Guarda Nacional Republicana para averiguar a situação e verificar a ilegitimidade desta construção”.
Já a Câmara Municipal da Trofa, uma vez mais, não emitiu qualquer resposta.
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