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Ano 2012

Um Rei fraco faz fraca a sua forte gente

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tiago-vasconcelos

Por estes dias assistiu-se a mais um triste espetáculo político que se não fosse dramático, seria uma verdadeira comédia.

Na última Assembleia Municipal, e na ausência da Presidente da Câmara, o Vice-Presidente, Magalhães Moreira, apresentou um plano de endividamento reequilibrar as finanças da Câmara Municipal com o seguinte teor:

– 34 Milhões de euros de endividamento mais 10 milhões de juros, que totaliza 44 Milhões de euros;

– Corte das despesas com as freguesias, passa para metade, e associações em 26%;

– Pagar aos fornecedores;

– Tentar diminuir as despesas de funcionamento da Câmara;

– Duplicar os preços praticados pela Trofáguas aos domésticos e triplicar os das empresas e associações.

Ao mesmo tempo, o estudo apresentado por Magalhães Moreira reconhece que a dívida da Trofa era de cerca de 45 milhões de euros em Dezembro de 2009 e de cerca de 50 milhões em Dezembro de 2011. Isto é, Joana Lima endividou a Câmara em 5 milhões de euros em apenas dois anos sem qualquer tipo de obra digna de registo. Conhece alguma? Fazendo contas, se Joana Lima governasse o nosso Concelho durante 11 anos, endividaria a Trofa em quase tanto como o PSD, mas com uma diferença muito grande – O PSD fez obra, Joana Lima não!

Resumindo, Joana Lima quer acrescentar dívida e exigir sacrifícios aos Trofenses, prometendo tentar diminuir a despesa de funcionamento da Câmara.

Pelo prometido em campanha eleitoral e pela obra que realizou nestes dois anos, acredita que Joana Lima vá diminuir as despesas da Câmara? O conteúdo deste plano é mau e pior foi a forma de o apresentar em Assembleia Municipal da semana passada. Sabia que Joana Lima não esteve presente na Assembleia Municipal para “dar a cara”?

Pois não esteve e foi o Vice-Presidente, Magalhães Moreira, quem apresentou o Plano aos trofenses. Não me parece que haja desculpa válida para não estar presente ou adiar a Assembleia, de forma a Presidente explicar aos trofenses um assunto de tal importância. Aliás, esta atitude revela falta de respeito político pelos trofenses.

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Mas, a Trofa necessita de um Plano de reequilíbrio financeiro? Parece-me que sim.

A Trofa necessita de um plano que reequilibre as contas, porque foi necessário fazer obra em tempo record, coisa que Joana Lima não faz ideia do que é, uma vez que a Trofa pouco tinha. Por outro lado, a crise económica que se instalou em Portugal fez diminuir as receitas da Câmara, coisa que o PSD Trofa é completamente alheio.

Quem esteve presente na Assembleia, pôde comprovar a vontade do PSD e do PP em colaborar com Joana Lima.

O PSD e o PP tentaram que a votação do Plano apresentado pela Câmara fosse adiado para permitir que fossem alteradas algumas medidas, de modo a repartir os sacrifícios por todos. Ou seja, o PSD e o PP queriam que a Câmara desse o exemplo no corte das despesas e não ficasse por meras intenções. Infelizmente, os socialistas não quiseram, teimando nos sacrifícios dos que menos podem.

Perante mais esta atitude de intolerância, o PSD e PP foram obrigados a abandonar a Assembleia. Assim, pode ser que na próxima sessão de segunda-feira, 23 de Janeiro, Joana Lima pense mais na Trofa e menos na sua vaidade política. Por fim, e apesar de também concordar com um plano que permita reequilibrar as dívidas da Câmara, o comportamento político de Joana Lima até à data deixa-me preocupado se lhe forem disponibilizados 34 milhões de euros de uma só vez.

Quem gastou 5 milhões de euros, em apenas dois anos, sem fazer obra e lamentando-se que a Câmara não tem dinheiro para nada, o que vai fazer com tanto dinheiro?

Como escreveu Camões, e parafraseou o seu colega de partido Carlos Zorrinho, um Rei fraco faz fraca a sua forte gente.  

Tiago Vasconcelos

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