Edição 470
Trofense foi 3º no Campeonato Mundial de Artes Marciais
“Mais de 3800 atletas de mais de 80 países” participaram na 4ª edição do Campeonato do Mundo de “All Styles” de artes marciais.
“Significou muito”. Este é o sentimento do trofense Dionísio Moreira que se classificou em 3º lugar do Campeonato do Mundo de “All Styles”, na categoria de mais de 30 anos e de 90 quilos, que decorreu no Pavilhão Municipal Dr. João Rocha, em Vagos, entre os dias 11 e 13 de abril.
A quarta edição do Campeonato do Mundo de Artes Marciais envolveu todos os estilos credenciados na World All Styles Championship Association (WAC), tendo estado em disputa os títulos mundiais em Formas Duras, Formas Suaves, Formas Duras com Armas, Formas Suaves com Armas, Formas de Equipa, Formas de Equipa com Armas, Formas Artísticas, Formas Artísticas com Armas, Defesa Pessoal Militar, Defesa Pessoal Cénica, Defesa Pessoal de Rua, Submissão, kickboxing, Maythai, Semi-Contact, Light-Contact, Full-Contact, Karate, Jijutsu, Knock-Down, Team Fight e Combate com Armas.
Dionísio Moreira, que pratica “há bastantes anos Alex Ryu Jitsu” na Academia da PSP de Vila Nova de Famalicão, combateu com atletas de todas as modalidades, dentro da categoria de mais de 30 anos e mais de 90 quilos, tendo conseguido segurar o 3º lugar mundial. Para si, a medalha de bronze “significou muito” e “é fruto do muito esforço, muito trabalho e muito treino” que tem “tido ao longo dos anos”. “Estou bastante feliz e neste momento estou já a treinar para o próximo campeonato, que será novamente em Portugal”, contou em entrevista ao NT.
Também o seu filho, Diogo Moreira, participou no escalão seis/sete anos dos 26 aos 34 quilos, tendo sido “eliminado nos quartos de final”. Dionísio asseverou que a prova “correu bem” e que Diogo teve que combater contra “bastantes” atletas. Recorde-se que em novembro de 2013, o jovem trofense sagrou-se campeão nacional, em Vagos.
Dionísio Moreira desabafou ainda que “todo este esforço, tempo, dedicação e todos os custos associados a esta paixão” saem “totalmente do bolso, não tendo qualquer tipo de apoio, subsídio ou patrocínio”. “Para que pudesse participar no campeonato, desloquei-me na minha viatura, paguei o combustível, portagens, refeições, alojamento (quatro dias), inscrição no campeonato, equipamentos de combate novos (alguns dos que normalmente utilizo não eram aprovados pela ICKKF e tive que comprar novos e pedir alguns emprestados)”, enumerou, acrescentando que, como levou a mulher e os dois filhos, teve que fazer “um esforço enorme a nível financeiro para ter as pessoas que mais o apoiam perto de si”.
O trofense apontou que “não é fácil ser atleta neste país e para o conseguir” é preciso fazer “enormes esforços a nível pessoal e financeiro”, lançando o desafio “aos responsáveis deste país e da Trofa para que apoiem mais o desporto e os atletas que representam a nossa cidade e o nosso concelho”.
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