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Socialistas que deviam envergonhar qualquer socialista

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Os socialistas portugueses, que pregam a igualdade, a solidariedade, a ética e a moral, nos sermões comicieiros e nos anais e tratados políticos que alimentam a sua ideologia e a sua clientela, de quando em vez são surpreendidos, ou nem por isso, por figuras pouco gratas, que nascem e crescem como cogumelos “mágicos”, pelas bandas do “Largo do Rato”. Esses “figurões” são protagonistas de notícias que aparecem nas primeiras páginas dos jornais, quase sempre pelos piores motivos.

Foram muitos os autarcas socialistas, que num passado para esquecer, se serviram e engordaram as suas contas bancárias, em vez de servirem as populações, que os elegeram para serem servidos. Também foram muitos os socialistas que chegaram ao poder, e de imediato começaram a olhar pela sua vida, mas também pela vida dos seus familiares, amigos e protegidos, que o ajudaram a subir as escadas do poder, onde se governaram em vez de governarem.

O “figurão” máximo deste pelotão de socialistas portugueses é, obviamente, o antigo primeiro-ministro José Sócrates. Este “figurão” é, seguramente, o pior primeiro-ministro, em mais de quatro décadas de democracia em Portugal. Talvez venha a propósito, e seja preciso lembrar, que o atual primeiro-ministro António Costa foi o número 2, do primeiro governo «socrático», mas tem conseguido habilidosamente «passar entre os pingos da chuva sem se molhar».

Este «figurão», que foi o chefe máximo dos socialistas em Portugal, para ter a banca controlada conseguiu nomear para a banca privada e também para a banca pública, o seu amigo Armando Vara, outro «figurão» de gabarito que entrará dentro de dias na prisão, para pagar os crimes que cometeu, culminando uma «telenovela de peripécias judiciais», que desmantelaram todas as suas «habilidades e artimanhas». Este «figurão» socialista, que também passou pelas cadeiras do poder central, foi detido no âmbito da “Operação Marquês”, que investiga o ex-primeiro ministro José Sócrates, e condenado no âmbito do famigerado processo «Face oculta», que envolveu lavagem de dinheiro, corrupção política e evasão fiscal.

A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional Contra a Corrupção entendeu que o Estado foi prejudicado, com as Parcerias Público-Privadas (PPP), em mais de 3,5 mil milhões de euros, de uma forma alegadamente consciente, por parte de alguns dos principais titulares de cargos políticos do Governo de José Sócrates. Os principais visados deste processo judicial são os ex-ministros «socráticos»: Mário Lino (Obras Públicas), Fernando Teixeira dos Santos (Finanças), Carlos Costa Pina (ex-secretário de Estado do Tesouro), mas também Almerindo Marques (ex-presidente da empresa pública Estradas de Portugal).

Outro «figurão», que devia envergonhar qualquer socialista, é Manuel Pinho, o antigo ministro da economia do governo de José Sócrates, que «habilidosamente» usou o perdão fiscal, para legalizar muito dinheiro, 2,7 milhões de euros, que estavam em contas bancárias de “offshores” na Suíça, das quais o ex-ministro «socrático» e a mulher eram os beneficiários. Além desta e outras “habilidades”, entre 2002 e 2014, Manuel Pinho terá recebido do saco azul do GES (clã Espírito Santo) mais de três milhões de euros, dos quais 779 mil euros, durante o seu mandato enquanto ministro da Economia do governo «socrático».

É tudo «gente boa»! Só que, como tem acontecido no passado, é sempre o povo a pagar, infelizmente, os desmandos destes e de muitos outros «figurões», que proliferam no mundo da política, como vermes famintos de sede que chafurdam nas poças efémeras do compadrio, da fraude e da corrupção. É o desfolhar da ideologia arcaica.

José Maria Moreira da Silva

moreira.da.silva@sapo.pt

www.moreiradasilva.pt

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