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Edição 588

Sessão marcou a abertura oficial do ano letivo

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A abertura oficial do ano letivo escolar ficou marcada com uma sessão de boas-vindas no auditório Fórum Trofa XXI, na tarde de terça-feira, 13 de setembro.

Os agentes da comunidade educativa do concelho da Trofa reuniram-se no auditório Fórum Trofa XXI para a sessão de abertura oficial do ano letivo. Para António Azevedo, vereador da Educação da Câmara Municipal da Trofa, nesta “missão de educação e ensino todos são necessários e têm que estar juntos”, estando em “ótimas condições” para que “o início do ano letivo seja sem percalços”.
Na sua intervenção, o vereador informou que foi “assegurado, atempadamente, aos agrupamentos” um número “bastante superior”, ao exigido por lei, de pessoal não docente, sendo que a gestão da distribuição pelas escolas será feita pelos agrupamentos. A aquisição dos livros e do kit de material escolar foi “delegada” nos agrupamentos e serão “gratuitos para os alunos com escalão A e B”. No entanto, “aqueles alunos que não estejam abrangidos pelos escalões mas que necessitem”, devem fazer “o pedido” que será “analisado na ação social”. Também está assegurada a entrega dos livros de fichas do 1.º ano aos “alunos com dificuldades”.
António Azevedo garantiu ainda que “os transportes escolares estão assegurados”, sendo que o transporte dos “alunos do pré-escolar e do 1.º ciclo” será feito nos autocarros da autarquia e os alunos do 2.º e 3.º ciclo têm passe. “Nós não nos importamos de pagar os passes, mas importamo-nos de pagar aos alunos que não utilizem os transportes públicos”, declarou, apelando o apoio dos agrupamentos no controlo da utilização dos passes pelos alunos.
Este ano, a autarquia disponibilizou “20 tarefeiras” com “oito horas de acompanhamento” aos “alunos com necessidades educativas especiais”. Além disso, este ano serão feitos “rastreios de visão, cardiologia e podologia”.
Em termos dos espaços físicos, o vereador anunciou que foram feitas “reparações emergentes”. Também Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal da Trofa, mencionou que houve “intervenções que foram acabadas com mão de obra dos técnicos da Câmara, como é o caso de Giesta” e que “estão a ser feitas obras” nas escolas básicas do “Paranho, Esprela, Cedões, Feira Nova, Vila e Querelêdo”. Foi ainda anunciado que “o elevador da Escola de Finzes já funciona”, depois da resolução de “um problema de certificação”. O autarca informou que a autarquia está “a planear uma obra na EB 2/3”, em que a candidatura vai ser feita “até ao último dia de outubro”. Um projeto que, garante, “vai superar os dois milhões de euros de investimento” e, como se trata de “um concurso público”, só “depois das férias da Páscoa” é que vão estar, “a qualquer altura, em condições de avançar com a obra”.
Já o diretor do Agrupamento de Escolas da Trofa, Paulino Macedo, apresentou o lema do seu Agrupamento para o próximo ano letivo: “Uma escola é uma escola. Um professor é um professor. Um funcionário é um funcionário. Um aluno é um aluno. Vamos aprender e a aproveitar as nossas diferenças para construirmos uma escola ao serviço dos alunos e consequentemente ao serviço do concelho”. Paulino Macedo afirmou ainda que “se cada um de nós – fornecedor de livros, professores, funcionários e pais – cumprir a sua tarefa, estão prontos para iniciar uma nova arrancada do ano letivo”.

Disfunções da família levam ao insucesso nas escolas
Duarte Araújo, presidente da Federação das Associações de Pais da Trofa (FAPTrofa), afirmou que este ano letivo inicia-se com “expectativas redobradas”, dada a “atempada preparação dos seus intervenientes”, que “certamente dará os seus frutos, possibilitando que haja a tranquilidade necessária e que os docentes necessitam para poderem desempenhar da melhor forma o seu trabalho”.
Na sua intervenção, o presidente da FAPTrofa alertou para “algumas conclusões” do “estudo internacional sobre a adolescência” elaborado “recentemente pela Organização Mundial de Saúde”. É que segundo esse estudo, “os adolescentes portugueses são dos que mais se sentem apoiados pela família”, enquanto “a escola portuguesa é pouco ou nada”. “As causas apontadas, entre outras, são o excesso de matérias e a indisciplina. É obrigação da comunidade educativa, dentro dos seus limites previstos, agir atempadamente nas insuficiências detetadas, antecipando soluções que levem a melhorias. Não nos podemos esquecer que a escola mudou pouco, mas os alunos mudaram muito”, referiu.
Já Renato Carneiro, diretor do Agrupamento de Escolas de Coronado e Castro, salientou que “o insucesso dos alunos tem a ver em grande parte com condicionantes fora da escola e que não são responsabilidade da escola”, mas isso “não faz com que se esqueçam das responsabilidades que têm dentro das escolas”. Apesar da presença dos psicólogos na escola ser “muito importante”, o diretor lançou “o repto” à autarquia de ter “uma educadora social”, que, “atendendo às circunstâncias, pudesse ir mesmo a casa”. “Porquê? Há alunos, por exemplo, que não fazem educação física e faltam, porque simplesmente não têm equipamento, porque não têm ninguém em casa que pegue no equipamento e que o lave e organize. São disfunções da família que fazem com que haja insucesso muito significativo nas nossas escolas”, explicou.
Renato Carneiro anunciou que, este ano, vai “implementar um plano da ação estratégico”, que vem no seguimento do “trabalho desenvolvido nos anos anteriores”. Em “sede da equipa de autoavaliação” foram propostas “algumas alterações que estão a ser implementadas”, estando “os professores já a trabalhar em algumas mudanças, nomeadamente em planificações, em ajustamentos que são necessários e em gestão de alunos para que este plano venha a ter sucesso, o que representa sucesso nos alunos”.

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