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Edição 515

O Sofrimento de Passos Coelho…

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JoãoPedro

Rezam as notícias que vieram a público que o atual primeiro-ministro de Portugal (2011-2015), tomou conhecimento, em 2012, de débitos contributivos para com a Segurança Social, incorridos entre 1999 e 2004. O débito foi acumulado no período após a sua saída das funções de deputado na Assembleia da República Portuguesa (nem mais nem menos que o órgão legislativo) de onde são emanadas milhares de leis para serem aplicadas a todos os cidadãos. Passos Coelho ao participar ativamente em tão importante órgão de soberania deixou de ser um cidadão comum ou, pelo menos, tinha a obrigação de trazer uma visão ampla relativamente às matérias que lá são discutidas e aprovadas. Não tendo que saber de tudo, como é óbvio, deveria no mínimo saber que a complexidade da sociedade impõe a que para cada matéria ou área, que não domine, deva procurar ajuda profissional especializada. É assim que fazem milhares de portugueses! Milhares de portugueses conscientes, não o Sr. Passos Coelho, que também se esqueceu de entregar a sua declaração de IRS entre os anos de 2003 e 2007, o que me leva a concluir, neste caso, que estamos perante um homem que vive num mundo isolado, ou que tomou parte de alguma expedição lunática, não tendo percebido que a larga maioria dos portugueses, mesmo os mais idosos, das terras mais recônditas, sabem que pelo menos uma vez no ano têm esta obrigação: declarar os seus rendimentos e acertar contas com o Estado. Obrigação esta que, ano após ano, é tratada de forma noticiosa pelos meios de comunicação social.
Falhou…! Falhou porque não deu exemplo e falhou porque não foi humilde, pedindo desculpas aos portugueses pelas suas constantes retóricas de falso moralista: “olha para o que eu digo e não para o que eu faço”.
Refugiado em conversa de escola primária, alegou que os atrasos fiscais foram “por distração e falta de dinheiro”, facto que não colhe perante um olhar atento. A estratégia de argumentar distração passando por uma espécie de “inimputável dos impostos” esbarra com o argumento da falta de dinheiro, se não vejamos: a entrega do IRS é um ato declarativo (a cumprir entre os meses de março, abril) e o imposto vem a posteriori através da liquidação (normalmente pelos meses de julho, agosto). Era a liquidação que ele queria evitar, porque não tinha dinheiro para pagar o que, a meu ver, transforma o acontecimento num ato premeditado e consciente!
Passos Coelho deu, assim, mostras de ser “ um qualquer” e, como tal, não mostra qualquer mérito para desempenhar as funções que lhe estão confiadas, de primeiro-ministro de uma nação secular – Portugal. O povo, uma vez mais, foi enganado!
O sofrimento de Passos Coelho, um impreparado, que nunca acreditou que viria a ser primeiro-ministro levou-o a cometer erros primários e o lançam como protagonista de uma das maiores sagas da democracia portuguesa: “O incumpridor que pagou dívidas prescritas!” Algum leitor pagaria uma dívida prescrita?!

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