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Crónicas e opinião

Linha do Equilíbrio: Coração, um órgão valioso!

Segundo alguns autores, os fatores emocionais são reconhecidos como fatores influentes na doença cardíaca, verificando que tanto a depressão como os sintomas negativos, quando associados à insuficiência cardíaca, constituem um fator de maior risco para as DCV, bem como para o maior incumprimento, quer da adesão à terapêutica, quer da modificação dos estilos de vida.

Sandra Maia

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Ao longo dos anos, o coração foi sendo considerado um órgão valioso para investigação, não só pela sua funcionalidade, mas principalmente, na psicologia, pela sua “atribuição romântica”, relacionando este aos sentimentos, emoções, afetos e paixões.

A função do coração é bombear o sangue para todo o corpo, mas também emite respostas fisiológicas, como exemplo acelerar os batimentos cardíacos, perante um estímulo, aumentando o seu esforço, sendo esta situação normal. Contudo, existem fatores que podem colocar esta função em risco, dando origem à doença cardíaca.

As Doenças Cardiovasculares (DCV) são doenças crónicas que se desenvolvem de forma lenta, geralmente ao longo da vida, começando a sentir-se os primeiros sintomas quando esta já se encontra num estado avançado de doença.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as DCV são a principal causa de incapacidade e de morte, sendo consideradas um grave problema de saúde pública para a sociedade atual, com necessidade de políticas de intervenção urgentes.

Neste contexto, a prevenção é a chave para as DCV, através da adoção de um estilo de vida saudável, onde se inclui o exercício físico, a alimentação equilibrada e a redução dos comportamentos de risco (tabagismo, álcool, obesidade, sedentarismo, entre outros), bem como o controle dos fatores precipitantes, como a hipertensão, o colesterol, a diabetes e os fatores emocionais.

Segundo alguns autores, os fatores emocionais são reconhecidos como fatores influentes na doença cardíaca, verificando que tanto a depressão como os sintomas negativos, quando associados à insuficiência cardíaca, constituem um fator de maior risco para as DCV, bem como para o maior incumprimento, quer da adesão à terapêutica, quer da modificação dos estilos de vida. Paralelamente, também o stress é considerado um fator de mediação nesta relação, pois tem muitos efeitos que aumentam a doença cardíaca, como exemplo o aumento da gordura visceral.

Outro ponto que importa sublinhar é que, para além dos fatores biológicos, que predispõem uma pessoa para determinadas doenças, e os fatores de risco, derivados dos estilos de vida de cada um, sabe-se que a personalidade também pode ser um fator a considerar na prevenção das DCV. Algumas pessoas tendem a silenciar o seu sofrimento, em vez de integrar as experiências mais negativas na sua vida. Significa isso que, ao reprimirem as emoções negativas e a incorporarem respostas desadaptativas no seu quotidiano (os sintomas depressivos, a fadiga, bem como a adoção de uma atitude fatalista), as pessoas passam a estar mais suscetíveis à doença.

Como as DCV são consideradas de origem multifatorial, ou seja, que têm vários fatores precipitantes, também será importante uma atenção à rotina de sono, bem como à qualidade do mesmo. Dormir pouco ou não ter um sono reparador trazem efeitos negativos na qualidade de vida e, consequentemente, no órgão cardíaco. Alguns especialistas defendem que quando ocorre um desregulamento no horário do sono, seja pelo trabalho por turnos ou pela mudança da hora, entre outros, poderá suceder um aumento dos acidentes cardiovasculares.

Para aumentar a prevenção e reduzir as DCV, torna-se fundamental ampliar o conhecimento das pessoas para os fatores de risco, desde tenra idade, para que se possam alterar comportamentos transgeracionais. Desta forma, evitam-se os custos económicos e sociais com esta doença, nomeadamente as intervenções cirúrgicas e os gastos com a saúde. Em paralelo, devem-se promover ações de sensibilização e de consciencialização para os adultos, com a finalidade de despertar para a reeducação dos estilos de vida, diminuindo-se as consequências da doença cardíaca, e, naturalmente, melhorar a qualidade de vida.

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