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Edição 602

Junta conseguiu terreno para alargar cemitério de S. Martinho

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A situação no cemitério de S. Martinho de Bougado era “grave” e exigia uma solução “urgente”. Quem o diz é Luís Paulo, presidente da Junta de Freguesia de Bougado, que em sessão de Assembleia de Freguesia, na noite de 19 de dezembro, anunciou a compra de uma parcela de terreno que vai permitir o alargamento do cemitério e a construção de “80 novas sepulturas”.

Perante “a falta de alternativas”, restou ao executivo da Junta de Freguesia insistir com os proprietários de um terreno contíguo, que após resistência de anos, cederam e aceitaram vender.
Segundo Luís Paulo, “em condições normais”, há sepulturas para “assegurar os próximos cinco anos” e para o futuro colocou a hipótese de “se acautelar no Plano Diretor Municipal” a criação de um “cemitério municipal”.
O autarca quis fazer um “reconhecimento público” aos proprietários do terreno, mas não disse quanto custou a aquisição, quando questionado por Mário Moreira, elemento eleito pelo Partido Socialista. “Depois posso informá-lo, mas não havia necessidade de estar aqui a falar”, respondeu Luís Paulo.
Mário Moreira quis saber “qual o critério da Junta para considerar, em 2017, somente a venda de nove sepulturas”, quando este ano fez um grande investimento para a construção de 180, cem em Santiago e S. Martinho. Luís Paulo argumentou que o “objetivo da Junta não é vender”, mas sim “acautelar o futuro, deixando para os vindouros”.
O autarca voltou a referir-se ao anterior executivo da Junta de Freguesia de S, Martinho de Bougado, liderado pelo socialista José Sá, para dizer que “foi uma vergonha o que fizeram, pois construíam (sepulturas) para vender” e usar o dinheiro para “pagar a quem deviam”. “Aqui não há negócios. Os negócios acabaram quando este executivo chegou”, sublinhou.

Orçamento aprovado
O orçamento e o plano de atividades para 2017 foi aprovado, com a abstenção dos elementos eleitos pelo Partido Socialista.
Mário Moreira questionou a razão pela diminuição global de receitas e despesas orçamentais, assim como os motivos para que as transferências de capital de subsídios provenientes da Câmara Municipal “diminuírem de 215 mil para 110 mil euros”.
Luís Paulo escusou-se a pormenorizar, com o argumento de que “para responder tinha que referir a rúbrica 0.3 ou 0.4 e ninguém iria perceber coisa nenhuma”. “O Mário na assembleia anterior disse que íamos fazer um orçamento eleitoralista e ele até baixou.
Eu já disse que começamos a trabalhar no primeiro dia e, por isso, não precisamos de deixar para o fim. Eu é que fiz questão de ter um orçamento mais baixo. Este é um orçamento realista, responsável e tem o objetivo servir os trofenses”, assinalou o autarca.

Luís Paulo não divulgou respostas da Junta a inquérito sobre desagregação
Vera Araújo, elemento independente eleito pelo PS, quis saber “quais foram as respostas dadas pela Junta de Freguesia de Bougado ao questionário que recebeu para remeter ao Governo sobre o mapa das freguesias”.
Luís Paulo respondeu que o “inquérito foi feito pela DGAL (Direção Geral das Autarquias Locais)”, mas escusou-se a revelar quais foram as respostas dadas em nome da Junta. “É nossa interpretação que quando a pessoa é inquirida não cabe à pessoa revelar o que lá indicou, até porque não foi feita nenhuma pergunta à Assembleia. A resposta está dada”, afirmou, sem deixar de sugerir que os elementos da Assembleia de Freguesia podem solicitar as respostas à DGAL.
O presidente da Junta aproveitou a questão de Vera Araújo para responder aos argumentos da oposição noutras sessões da Assembleia de Freguesia, que considera que, com a agregação, Santiago de Bougado saiu prejudicado. Luís Paulo contrapôs a crítica com “números”. “No ano de 2016, gastamos em Santiago 250 mil euros. O investimento foi feito nos passeios em Bairros (junto à EN 104), no Largo António Barreto e na aquisição do terreno para a Casa Mortuária. E a soma das receitas de S. Martinho com Santiago não aumentaram com a agregação. Tem é a ver com poupança. E só para comparar, em 2012, Santiago tinha como receita corrente 208 mil euros de receita bruta, sendo que 48 mil euros eram capital”, advogou, concluindo que estes valores comprovam que este ano a Junta de Freguesia “investiu mais que o mandato de quatro anos de uma Junta de Freguesia de Santiago”.
Luís Paulo continuou e considerou que “só pessoas mal informadas ou que agem por má-fé é que dizem que Santiago está prejudicado”. “É feio mentir, mas em dez ou cem pessoas quatro são capazes de acreditar”. Vera Araújo interveio para questionar quais eram as “pessoas mal informadas ou que agem por má-fé”, mas Luís Paulo não respondeu.
No período de intervenção do público, Manuel Silva lamentou o facto de o presidente da Junta não ter respondido a algumas questões da oposição, considerando que “toda a informação deve ser partilhada e pública”. Sobre a agregação, defende: “Eu acredito que a maioria dos bougadenses está com a ideia de que não estamos bem”.

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