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Ano 2010

Formação numa clave de sol

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Cerca de 15 jovens da escola da Banda de Música da Trofa são os músicos de amanhã da associação.

 

Rita, Eduardo, João, Diana e Gisela tiveram um dos dias mais importantes como músicos. Aprendizes há um ano na Banda de Música da Trofa, estes jovens passaram por uma prova importante na sexta-feira, quando tiveram que tocar a solo para um público restrito, onde estavam familiares, amigos e o NT. A audição interna, como o professor Carlos Ferreira lhe chamou, serviu para testar o nervosismo dos alunos e ensinar-lhes “a passar a linguagem musical para o público”. “O segredo de um músico é estar relaxado senão, ao ficar tenso, passa energia negativa ao público”, explicou o docente, que também é músico na Banda.

O “nervoso miudinho” tomou conta dos jovens por alguns momentos, mas eles mostraram sempre dedicação e amor à música.

Todos tocaram o mesmo instrumento: o clarinete. Para Rita Costa, 15 anos, “é um orgulho” saber tocá-lo. Entrou na Banda de Música da Trofa “por conhecimentos familiares” e ao “achar bonita a ideia” não hesitou em entrar na escola da associação. A música representa “muita coisa mesmo” e já é parte indispensável na sua vida.

O mesmo pensamento se pode aplicar a Eduardo Cunha, 14 anos, rapaz que tem tanto de convicção como de altura: muita. Já estudava música quando decidiu entrar para a Banda, mas foi aqui que aprendeu a senti-la com real valor. “Tento pensar na música o mais que posso para que saia o melhor possível”, referiu.

O benjamim do grupo é Diana Silva, 12 anos. O pai, que pertence à direcção da Banda, incentivou a inscrição na escola. Quando se pergunta quais são os seus desejos, a resposta surge tímida: “Quero tocar bem e fazer o melhor”.

Já João Ferreira, 15 anos, não gaguejou no momento de escolher entre a música e o computador: “A música. Não sou muito utilizador da internet”, assegurou.

 

Música desenvolve capacidades a todos os níveis”

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A audição foi “o início” de uma formação que dura há um ano. Apesar de já demonstrarem uma “grande evolução”, Carlos Ferreira não deixou de confessar as dificuldades que surgem com a nova sociedade da informação. “Hoje em dia, a educação é difícil e os miúdos têm computadores, muitos jogos e os pais por mais que tentem controlar é muito complicado, porque a sociedade não ajuda”, atestou. O docente acredita que os pais “não estão sensibilizados a tomarem as rédeas da educação dos filhos” e apela para um maior acompanhamento. “Muitas vezes as crianças são mal alimentadas e vão deitar-se tarde. Depois tudo isso se reflecte no rendimento escolar e prejudica-os”, frisou.

A música tenta ser um fio condutor para uma vida mais saudável e com mais valor. “Hoje em dia já começamos a ter muitos alunos que são direccionados por médicos para a música, porque são hiperactivos ou porque têm dificuldade de concentração e disciplina”, referiu.

Carlos Ferreira afirmou que a música “não é só tocar”, mas também “incentiva e desenvolve capacidades a todos os níveis”. “A música, para além de tocar, representa o saber soprar neste caso, o dar a nota certa, ter que ler e ouvir o que está a tocar e perceber o sentido do grupo”, acrescentou.

 

Formação já deu frutos

A escola da Banda de Música da Trofa nunca conheceu a expressão que tem agora. Quando há dois anos foi convidado para entrar na Banda, Carlos Ferreira foi desafiado pela direcção da associação para assumir a formação de novos elementos. Para o responsável “uma banda filarmónica tem que ter uma escola a funcionar para formar novos elementos da terra”. O presidente da Banda, Luís Lima, apostou neste projecto quando chegou à direcção há quatro anos e hoje orgulha-se de ver os resultados. Cerca de 15 alunos estão a ser formados pela associação e sete já compõem a Banda de Música. A escola “tomou outras proporções” e deu “mais alento” aos responsáveis. Em Setembro, a direcção vai apresentar uma nova campanha de angariação de novos alunos junto das escolas do concelho, porque “é bom para a Trofa, para a Banda e para o futuro dos jovens”.

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