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Edição 588

Crónica Verde: da ZURRA para a Bayer-Monsanto, pão de ló, é difícil

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Com a recente bomba do 2-em-1 Bayer-Monsanto, hum, o futuro fica comprometido. Vamos tomar um chá para acalmar. Doze flores de perpétua-roxa, oito decilitros de água a ferver, uma colher de sopa de xarope de frutos vermelhos, zero gramas de açucar. Um bule e vá, oupa, todos lá para dentro. Entendam-se! Agora, vou tapar e aguardar quatro minutos. Entretanto, vamos ler mais uma doce Crónica Verde da Associação para a Protecção do Vale do Coronado, a APVC, a tal associação ambientalista que, por estes dias, andou/anda nas bocas do Mundo – do Mundo, mesmo!

Ele foi a RTP (directo para o Jornal da Tarde e reportagem em vários serviços noticiosos), o Jornal de Notícias, a revista Evasões (pumba, 150 mil exemplares) e mais uma carrada de destaques, rodapés e afins na imprensa, rádio e tv nacionais. Ele foi uma Tour APVC que até passou por algumas cidades nortenhas (o Porto, por exemplo, nos Jardins do Palácio de Cristal). Ele foi eco-marketing local, lá na terra, com stand no Coronado ConVida e ainda pendões e lonas a dar com o pau – e a dar nos postes dos chinas da EDP. E também foram cerca de 14 mil e-mails distribuídos, com todos os detalhes da coisa. E mais ainda: envolvimento de um assinalável número de voluntários, artistas e anónimos, para lá da comunidade do Coronado que, em jeito de cidadania pró-activa, envolveu-se de forma surpreendente.

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Eis a ZURRA – Festa do Burro. A terceira edição decorreu ao ritmo da Natureza e dos Burros, com grande afluência de público, em ambiente campestre, informal, no habitat dos burros da APVC. Contou com os ditos fantásticos asininos (os da APVC,os da AEPGA e outros dos arredores), Arte Ecológica, Artes de Palco, cerveja artesanal, atitudes “eco-friendly” e muitos sorrisos e animadas discussões em prol de um mundo mais sustentável e harmonioso. Foi ponto de encontro de gente com vistas largas, foi. A ZURRA aliou ambiente, sustentabilidade, cultura e ruralidade.

Dignificar e revalorizar o “Equus asinus”, injustamente secundarizado, por exemplo, perante o dito nobre cavalo. Vá lá, esqueça aquela patética ideia da forma dita “adjectivada” e/ou da negativa imagem associada às Orelhas de Burro. Da próxima vez que “chamar burro” a alguém, estará a chamá-lo de inteligente, genuíno. Lembre-se: conhecer para respeitar! Se quiser mesmo destratar alguém, chame-lhe “Nacional 318” ou “Rua de Soeiro” ou até “Escombros da Ponte da Peça Má”.

Daqui a dias, realizaremos o Jantar ZURRA 2016. Fique atento à data. Todos são bem-vindos: Voluntários, Artistas, Amigos e Amigos dos Amigos. O “espírito ZURRA” é isso mesmo: camaradagem, resiliência e muito respeito pelos Burros e… pela Mãe-Natureza!

No Coronado, a revolução está ser feita, tranquilamente. Mais hortas. Mais agricultura biológica. Mais biodiversidade e sustentabilidade. Mais arte. Mais cultura. E a APVC cresce, cresce – na ZURRA, foram mais umas dezenas de novos associados! Gente resiliente e tranquila. E só mesmo Os Merdas e Os Conas é que (já) não têm pedal para nos acompanhar – e também aqueles que vão a eventos “colturais” só porque lhes cheira a croquete ou Porto d’ honra, esses, connosco, também não têm sorte: só temos palha (de aveia, “made in” Trás-os-Montes) e, convenhamos, é preciso ter capacidade intelectual para VER as obras/instalações dos nossos artistas plásticos convidados (Alberto Carneiro, Manuel Dias, Martinha Maia e deVelasco, em modo CortinhArte).

Os quatro minutos voaram que nem um falcão peneireiro. O chá está pronto. A garganta está afinada, como nos tempos da Rádio Trofa. E, então, aqui vai: Vozes de Burro chegam mesmo ao Céu – e a todo o lado –, por isso, Caríssimos Bayer, Monsanto e, em geral, Gente Amorfa alapada no sofá, não estragueis o Nosso Futuro… ou ainda levais umas ripeiradas!

E mais esta: um desafio para os políticos, gestores e consultores culturais e financeiros. Comparar o RETORNO da ZURRA e a influência de outros (putativos) eventos trofenses na comunidade e no concelho. Eu nem digo nada. Não é preciso, pois não?!!
vítor assunção e sá | APVC
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