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Edição 519

CRÓNICA: FC Porto 3- Austeridade 1

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JoãoPedro

Na passada quarta-feira, decorreu uma cimeira ao mais alto nível no Estádio do Dragão, na cidade do Porto, ditada por um sorteio já numa fase crucial da Liga dos Campeões e que opôs o “modesto” F.C. Porto, de Portugal, com um orçamento de cerca de 100 milhões de euros, ante o milionário Bayern de Munique, da Alemanha, com 400 milhões de euros. Uma oportunidade única de uma representação portuguesa estar sentada numa poltrona almofadada ao estilo do G7 (sete países mais industrializados e desenvolvidos economicamente do mundo).

Confesso que há muito tempo não ia tão apreensivo ver um jogo ao Estádio do Dragão, pois desde 2011, o domínio bávaro sobre os destinos soberanos de Portugal apenas tem trazido dificuldades, sofrimento e humilhação ao nosso povo. A receção à comitiva alemã na “antiga, mui nobre, sempre leal e invicta cidade do Porto” era, por isso, um momento de legítimas preocupações e temia inclusive que algum entendimento prévio num qualquer “memorando” entre Passos Coelho, Paulo Portas e Angela Merkel pudesse predestinar o resultado do encontro. Logo no primeiro minuto do jogo, os receios assumiram ainda mais força quando o avançado do F.C. Porto, Jackson Martinez, ganhou a bola a Xavi Alonso correndo para a baliza e frente ao guarda-redes forasteiro, Manuel Neuer, foi derrubado. Penalty! — Assinalou o árbitro! Seguiu-se a exibição do cartão, que para surpresa de todos tinha a cor amarela, apenas uma pequena repreensão para o faltoso, que continuou em jogo. Estranheza de cerca de 47.000 portugueses habituados a por muito menos levar cartão vermelho cada vez que o trabalho de casa está mal feito e o défice aumenta.

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Injustiça!— Gritava o povo. Atónitos e sem saber afinal quais eram as regras do jogo, os atletas procuraram manter o norte e lá foi o “ciganito” Ricardo Quaresma defender a honra dos portugueses. Chutou e gooooolo! Assim se iniciou uma noite épica em que, todos unidos, vencemos o poderio alemão! Por uma semana (até 21 de abril, data da segunda mão) este 3-1 representa uma lição para os alemães que têm que arranjar soluções para a sua dor de cabeça – a receita foi passada pelos portugueses.

Um dia fantástico, mas na quinta-feira lá estava a austeridade a jogar nos bastidores, mais IRS, mais IVA, mais taxas e mais taxas, numa Europa que teima em não ser Federal, pelo que acredito que no momento de iniciarmos o segundo jogo em Munique já a austeridade estará novamente a ganhar.

Força Porto, yes we can!

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