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Edição 607

Crónica ACeS: PERIGO das crianças usarem mochilas e casacos nas cadeiras do carro

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Com a chegada do tempo frio é importante adequar o vestuário às condições climatéricas. O uso de peças de roupa mais quentes e volumosas é comum e desejável…
Relacionar o uso de casacos ou roupas mais folgadas, com a redução de eficácia dos sistemas de retenções (cinto de seguranças ou “cadeirinhas”) dos automóveis, parece improvável. É, no entanto, o que evidenciam os estudos de crash-test mais recentes, realizados nos EUA.
Estes estudos, desenvolvidos num laboratório do Michigan e que foram largamente divulgados na comunicação social, foram realizados à 50 Km/hora e demonstraram que numa simulação de impacto a esta velocidade, o manequim que simulava uma criança vestida com um casaco grosso e que parecia firmemente apertado na cadeira do carro, foi projetado. Verificou-se que o facto de usar um casaco grosso interfere na colocação correta dos arneses ou do cinto do carro, impedindo que estes assentem bem nos ombros e ossos da clavícula, tendo tendência a ficar descaído sobre braços, existindo assim risco de projeção e/ou lesão.
A eficácia dos sistemas de retenção é igualmente comprometida quando a criança é sentada na cadeira com a mochila colocada… Pode parecer uma evidência, mas este fenómeno tem vindo a merecer alertas e nós próprias no terreno, temos vindo a confrontar-nos com esta prática com alguma frequência. Qualquer passageiro, que viaje num veículo e que não esteja com a cabeça, pescoço e as costas devidamente apoiados no plano duro que representa o apoio de cabeça e banco do carro ou “cadeirinha” devidamente instalada, corre risco de lesão física, principalmente da coluna. Esta situação compromete totalmente a utilização correta da cadeira (sistema de retenção), colocando a criança em risco durante o transporte no automóvel.
Assim não basta colocar o cinto ou apertar os arneses das cadeiras de transporte automóvel. Aconselha-se retirar a mochila das costas das crianças, garantindo um apoio efetivo da cabeça, pescoço e costas; retirar os casacos mais grossos de forma que os arneses da cadeira e o cinto de segurança, no caso dos adultos, sejam colocados e ajustados corretamente, evitando folgas entre o corpo e o cinto que podem potenciar projeções e consequentes lesões.

Enfermeiras Elsa Silva e Sandra Costa

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