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Edição 520

Novo livro da Cruz Vermelha da Trofa com texto inédito de Saramago

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“A Inocência das Facas” é o título do novo livro da delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa, que contou com a participação de 12 autores. Obra conta com texto inédito de José Saramago.

“É certo que existe uma terrível desigualdade entre as forças materiais que proclamam a necessidade da guerra e as forças morais que defendem o direito à paz…”. Esta é parte da primeira frase do novo livro que a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) vai lançar no próximo dia 2 de maio. Trata-se também de uma parte de um texto inédito de José Saramago, um dos grandes nomes da literatura portuguesa que figuram no lote de autores que participam neste projeto. “A Inocência das Facas” foi o título escolhido para o novo livro, que nasce depois da primeira experiência literária da delegação – “O Pássaro das Cores” – para falar das problemáticas da violência e da igualdade de género.

A oportunidade de ter um escrito inédito do Nobel da Literatura português surgiu depois de a editora Tcharan apresentar o projeto a Pilar, esposa do malogrado escritor, que “se mostrou bastante interessada no trabalho”, contou Daniela Esteves, presidente da direção da delegação.

Valter hugo mãe, Manuel Jorge Marmelo, Marta Bernardes, Inês Fonseca Santos e Álvaro Magalhães são outros dos 12 autores que, com um contributo gracioso, construíram a obra, através de uma compilação de textos que tentam perpetuar a ação da delegação da CVP no âmbito da igualdade de género, iniciada através do projeto “A Outra Face”, que deixou de ter financiamento. O texto inédito de Saramago “é a cereja no topo do bolo”, admitiu a responsável.

Na primeira edição vão ser colocados à venda cinco mil exemplares e as verbas daí angariadas reverterão para a delegação. Esta é uma realidade graças “aos patrocinadores” que se associaram ao projeto. “Quando apresentamos a nossa ideia à editora não fomos tão ambiciosos, mas, com os grandes conhecimentos que tem, a editora foi contactando um e mais outro autor e o projeto foi-se avolumando”, contou Daniela Esteves.

Para complementar os textos, 11 ilustradores associaram-se à causa e fizeram ilustrações para todos os textos, tendo apenas como padrão as cores: vermelho, branco e preto. Afonso Cruz é caso único, já que escreveu e ilustrou o próprio texto. David Pintor ilustrou o texto de Saramago.

E porquê o título “A Inocência das Facas”? Além de ser o que dá nome a um dos textos – é assinado por Adélia Carvalho – tem muito significado: “Realmente, as facas são inocentes, as pessoas que as usam para fazer uso da violência é que não”.

A delegação da Trofa da Cruz Vermelha já tem três apresentações agendadas: uma no Porto, na livraria Tcharan, às 16 horas de 2 de maio, outra em Vila Nova de Famalicão, na Biblioteca Camilo Castelo Branco, às 18 horas de 30 de maio, e outra em Lisboa, na Fundação Saramago, a 5 de junho.

“Na Trofa estamos no caminho de encontrar um momento certo e lugar adequado para a realização do evento, nem que seja no meio da rua, mas faremos a apresentação no nosso concelho com toda a dignidade que a Cruz Vermelha e os trofenses merecem”, adiantou.

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Com este projeto, Daniela Esteves considera que a atividade da delegação sai “engrandecida”.

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