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Edição 617

Um socialista xenófobo, racista e mentiroso

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Embora seja um assunto rebuscado, nunca é demais voltar a escrever-se sobre o triste caso “Dijsselbloem”, o político holandês que teve a desfaçatez de fazer afirmações disparatadas. Em bom rigor, o que este político afirmou, numa entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine, foi que “eu não posso gastar o meu dinheiro todo em aguardente e mulheres e pedir-lhe de seguida a sua ajuda”, só que em política, o que parece é, e o que vai ficar para a história é que afirmou “não se pode gastar o dinheiro todo em copos e mulheres e depois pedir ajuda”.
Este holandês tem todo o direito de pensar que os povos do sul da Europa gastam todo o dinheiro em “copos e mulheres”, da mesma maneira que também podemos considerar que ele é um socialista xenófobo, racista e mentiroso.
Dijsselbloem ainda é ministro das Finanças da Holanda e presidente do Eurogrupo, desde janeiro de 2013, mas está em vias de perder estes cargos, pois o seu partido socialista do trabalho, o PvdA, caiu de trinta e oito para nove assentos parlamentares nas legislativas de 15 de março passado. Provavelmente provocado pela derrota da extrema-direita holandesa, pouco ou nada se tem falado desta estrondosa derrota socialista, em terras holandesas.
O nome de Dijsselbloen já tinha saltado para as capas dos jornais, quando há uns tempos atrás foi descoberta a mentira que cometeu, pois nunca concluiu o Mestrado, mas o grau de Mestre constava da sua biografia oficial. O que obteve foi a licenciatura em economia agrícola e por isso mesmo, poder-se-á dizer que, numa tradução livre, o seu nome Jeroen Dijsselbloen significa “nabo holandês”.
Com a declaração bombástica que proferiu, Dijsselbloem pretendeu criticar a forma de viver dos povos do sul da Europa afetados pela grave crise económica e pela crise da dívida pública da Zona Euro, o que originou um coro de protestos nos países desta região, que se insurgiram contra as suas afirmações.
Foram muitas as vozes, de todos os quadrantes políticos, que se levantaram contra este político energúmeno, a começar por Gianni Pittella, líder do grupo socialista no Parlamento Europeu, o partido a que Dijsselbloem pertence.
Numa audição no Parlamento Europeu, com uma enorme falta de humildade recusou-se a pedir desculpa pelas declarações que proferiu, como já se tinha recusado a retratar quando foi descoberta a “marosca” do Mestrado, mesmo depois do desmentido da Universidade Colegge Cork e da National University of Ireland, onde afirmou que obteve o falso grau de Mestre.
As palavras deste político socialista holandês xenófobo, racista e mentiroso deram origem a reações imediatas de indignação, por parte de várias personalidades políticas, de vários países europeus e de diferentes famílias políticas europeias, como o Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa e de António Costa, primeiro-ministro português, que afirmou textualmente “numa Europa a sério, o senhor Dijsselbloen já estava demitido neste momento (há duas semanas atrás), não é possível que quem tem uma visão xenófoba, racista e sexista possa exercer funções de presidência de um organismo como o Eurogrupo”. Também os grupos parlamentares portugueses tiveram uma posição unânime, contra este execrável político holandês.
Muitos políticos ligados à União Europeia e ao Parlamento Europeu, a começar pelo grupo dos socialistas europeus a que pertence têm exigido que Dijsselbloen faça um mea culpa e abandone os cargos de imediato.

moreira.da.silva@sapo.pt
www.moreiradasilva.pt

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