Túnel ferroviário reúne condições de segurança

 O Comando Distrital da Protecção Civil esteve na Trofa para debater época de fogos no distrito e visitar a nova estação da Refer e o túnel ferroviário.

O túnel ferroviário que atravessa o monte de Paradela é seguro e está preparado para receber os agentes da Protecção Civil numa situação de emergência. Esta foi a conclusão a que chegaram os técnicos que visitaram a nova estação e uma das entradas do túnel, na tarde de quinta-feira, 14 de Outubro. Estes encontros periódicos com os serviços distritais de Protecção Civil têm sidos feitos em vários municípios, com o intuito de analisar, discutir, planear e prever as diversas actividades inerentes a esta área da segurança. Depois de, durante a manhã, terem debatido a época de incêndios no distrito do Porto, os técnicos da Protecção Civil visitaram uma das obras mais emblemáticas da Trofa.

Teixeira Leite, Comandante Distrital de Operações de Socorro, explicou a importância desta visita: “A Trofa, para além dos incêndios florestais, fábricas e auto-estradas, tem agora um novo túnel que, mesmo tendo todas as condições de segurança, não deixa de ser uma infra-estrutura de risco”.

O túnel tem 1404 metros de comprimento e é permanentemente controlado por sistema de vídeo-vigilância. Além disso, nos postos de emergência construídos ao longo de toda a infra-estrutura foram colocadas bocas de incêndio. O sistema de ventilação é uma das mais-valias do túnel, pois os 19 ventiladores instalados, para além de manterem a qualidade do ar, permitem extrair todos os fumos em caso de incêndio e é ainda possível direccionar a extracção do fumo consoante o vento no exterior. Teixeira Leite não discute a “beleza do túnel”, mas enfatiza que “o mais importante é que seja seguro”. “Pela descrição feita e pelos meios instalados, pode dizer-se que é um túnel seguro, sendo certo que segurança a cem por cento não existe”, atestou.

Uma das questões analisadas durante a visita foi a dificuldade no acesso ao interior do túnel numa situação de emergência em que exista obstrução das duas entradas. José Messias, engenheiro de segurança da Refer, sublinhou que a probabilidade de uma situação destas acontecer “é mínima”. “O túnel é seguro, tanto do ponto de vista da estrutura como do equipamento de segurança instalado, mas é sempre susceptível de ocorrer um incidente estranho à Refer”, afiançou, dando como exemplo “um atentado terrorista”.

Neste momento, faltam apenas ultimar “pequenos pormenores” para que todos os apoios e acessos numa situação de emergência “possam ser usados convenientemente”.

A nova variante ferroviária está em funcionamento desde Agosto e era um dos grandes anseios da população, pois permitiu desviar a circulação de comboios do centro da cidade.