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Ano 2010

Trofenses despediram-se da antiga linha (com video)

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Os comboios deixaram de passar pela velha estação, mas antes os trofenses tiveram oportunidade de se despedir do troço que foi desactivado.

Inês Carmo ainda se lembra das grandes viagens de comboio que fazia só para acompanhar o Trofense nos jogos fora. Agora com o carro, esta trofense poucas vezes utiliza este transporte, mas não perdeu a oportunidade de se despedir da antiga linha com a viagem que a autarquia organizou e que marcou o fim do troço que passa no centro da Trofa.

Assim como Inês, também Rosa Maria Costa “estava habituada” a ir para a velha estação. Gosta do comboio, porque é “confortável e mais barato” e quando tem que se dirigir ao Porto, “não há melhor meio de transporte”.

Estas trofenses foram duas das largas centenas de pessoas que aceitaram participar na viagem simbólica até S. Romão do Coronado antes da desactivação da linha. O antigo hino do concelho soou por entre as carruagens e alguns não conseguiram conter as lágrimas de emoção num momento que vira mais uma página na história da Trofa.

José Lima, de S. Martinho de Bougado, costuma “andar muito de comboio” e não tem dúvidas que “a Trofa vai beneficiar” com a nova obra ferroviária. “Então da nova estação nem se fala, está lindíssima”, reitera. Houve quem esperasse por um lanche durante a viagem, como José Novo, que considera a nova estação “a mais bonita do país” e outros, como Francisco Fernandes, que atribuem à Senhora das Dores a autoria de uma obra tão importante para o concelho.

Crenças à parte, a empreitada, que tirou o comboio do centro da Trofa e que marcou o início de uma ampla requalificação em S. Martinho de Bougado, custou cerca de 66 milhões de euros. Este é o “ponto de viragem” no desenvolvimento da Trofa, considera Joana Lima, presidente da Câmara Municipal da Trofa.

A autarca agradeceu a todos os trofenses que encheram o comboio e não deixou de salientar que a partir de agora “uma página se vira no concelho”. “Temos aquela estação lindíssima, com tecnologias fantásticas e uma regeneração urbana que estará concluída em breve, também com os Paços do Concelho. É com esta obra que se vai notar o ponto de viragem para o futuro”, frisou.

A edil não deixou de reiterar “a sensibilidade” que o Governo e a Secretária de Estado dos Transportes da altura, Ana Paula Vitorino, “tiveram para tirar do centro da Trofa o comboio que estava a causar muitos constrangimentos ao desenvolvimento do concelho”.

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Terminada uma das maiores obras em curso no Norte de Portugal, a Trofa espera agora pela vinda do Metro. Joana Lima “tem esperança e quase certeza” que este meio de transporte chegará ao concelho e deu uma garantia: em caso de suspensão do concurso, a obra avançará parcialmente. Como? “Toda a requalificação desde a estação nova até à união dos parques será feita”, asseverou. A edil acredita que, depois disso, “o metro virá com certeza”.

 

Projecto da EN 14 em andamento

Se o projecto do Metro está em standby, o mesmo não se pode dizer do da variante à Estrada Nacional (EN) 14, que “está a andar em grande força”, frisou Joana Lima. “Não há nada que contrarie a evolução do projecto”, sendo assim a autarca espera que “para o ano” haja condições para começar a obra por troços. “Sei que as candidaturas ao QREN por parte das Estradas de Portugal passa por executar a obra por troços, custando cerca de 40 milhões de euros, e o primeiro será feito na zona da Trofa”, referiu.

Quanto às críticas que o PSD apontou ao executivo de não incluir no mesmo projecto a variante à EN 104, Joana Lima respondeu: “Na altura que o PSD estava no poder autárquico aceitou, pacificamente, a variante à EN 14 sem a 104, porque assim o projecto andaria mais rápido. O PSD que se defina, que veja o que quer para a Trofa e depois faça oposição”, concluiu.

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