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Edição 551

Suspensa a transferência do Hospital de Santo Tirso para a Misericórdia

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A decisão do atual Ministério da Saúde, liderado por Adalberto Campos Fernandes, surge após a reunião com o presidente da autarquia tirsense, Joaquim Couto, a 7 de dezembro, com o intuito de discutir a questão da transferência do Hospital de Santo Tirso para a Santa Casa da Misericórdia. Joaquim Couto soube que o Ministério da Saúde enviou o acordo assinado para “o Tribunal de Contas, que não tinha ido,” o que fez com que tivesse “efeitos imediatos suspensivos sobre o acordo que estava negociado”.
A administração da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso emitiu um comunicado, onde recordou que o Hospital Conde S. Bento – atual unidade de Santo Tirso do CHMA – “pertencia-lhe” quando, na “sequência do 25 de Abril”, “acatou, sem reservas, a sua passagem para o domínio público”. A administração da Misericórdia esclarece que, “sem nada para tal ter contribuído”, foi confrontada com “a possibilidade de voltar a fazer a mera gestão do Hospital”, continuando “a pertencer ao Serviço Nacional de Saúde e sob a tutela do respetivo Ministério”. “O contrato de gestão foi, agora, enviado para apreciação pelo Tribunal de Contas, como acontece com qualquer contrato gerador de despesa pública, esperando-se que não mereça qualquer reserva. Na sequência da celebração do contrato, a Misericórdia desencadeou todos os procedimentos e negociou os contratos necessários, com os compromissos daí decorrentes, para que a 1 de janeiro de 2016, sem prejuízo da pronúncia do Tribunal de Contas, possa assumir a gestão”, esclareceu ainda.
A administração da Misericórdia mencionou ainda que, no “decurso das negociações tendentes à celebração do contrato de gestão, manteve inatacável lealdade e espírito de colaboração com os órgãos do poder local, a quem também sempre manteve ao corrente dessas negociações, esperando que nisso houvesse reciprocidade”.
Já Joaquim Couto espera que esta situação “seja clarificada rapidamente e que finalmente se saiba se de facto o Hospital mantém ou não no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”. “Que o processo seja revertido, que se mantenha no SNS e que o CHMA seja reformulado e objeto de uma análise aprofundada, porque o que está em causa não é só o problema dos concelhos de Santo Tirso e da Trofa. O CHMA sem os 120 mil habitantes de Santo Tirso e Trofa fica desarticulado e com graves problemas para resolver no futuro próximo”, afirmou.
O edil tirsense recordou que o Hospital de Santo Tirso está, nos “últimos quatro/cinco meses, a degradar-se ainda mais”, tendo existido “alguns episódios” que preocupam o executivo, como “a falta de pessoal, a de médicos no serviço de urgência, momentaneamente, e o boato na comunicação social de que havia material a desaparecer e a ser transferido para a de Famalicão”.
O NT tentou obter declarações por parte da administração do CHMA, que remeteu “esclarecimentos” para a Administração Regional de Saúde do Norte, que, até ao fecho de edição, não emitiu qualquer resposta.

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