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Edição 778

Quais o cuidados a ter na toma de “Ben-u-ron” ou “Brufen”?

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Entre a população, persistem mitos e resistências no momento de decidir que medicamentos tomar para o alívio de alguma dor. Mas é importante perceber que há cuidados a ter na ingestão de todos os fármacos, incluindo o “inofensivo” paracetamol e o anti-inflamatório ibuprofeno.

Antes de mais, é preciso perceber que ambos servem para baixar a febre e aliviar a dor, no entanto há uma diferença entre eles. O ibuprofeno inibe a enzima cox, pelo que é mais complexo que o paracetamol. Segundo Paulo Santos, especialista em Medicina Geral e Familiar e professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), em declarações ao site Viral, os médicos agem sempre na lógica da “escala da dor e da inflamação”. Então, o paracetamol será sempre a primeira opção a tomar se for possível resolver “uma situação de controlo da febre e de dor aguda, como garganta, menstruação ou dentes”.

A decisão pela administração do ibuprofeno só deve ser tomada no caso de ser necessário acrescentar o “efeito anti-inflamatório” ou “quando não há resposta satisfatória com o paracetamol”.
“Convém haver uma consciencialização em relação à segurança da toma do medicamento”, sublinhou, à mesma publicação, Paulo Santos.
O especialista explicou que não se pode ultrapassar, numa só toma, os 400mg de ibuprofeno, nem mais de 500 mg de paracetamol. Os comprimidos de 1g deste fármaco só devem ser tomados com “prescrição médica”

Há também cuidados a ter na própria toma dos medicamentos. Não é aconselhável tomar um comprimido com pouca água ou mesmo engolir sem água, porque, segundo o clínico, o comprimido pode não ser “suficientemente dissolvido” nem absorvido, o que propicia o surgimento de úlceras gástricas. Qualquer comprimido deve, portanto, ser tomado “com um grande copo de água”.
A toma desmedida destes fármacos podem, também, prejudicar o estômago, principalmente o ibuprofeno, porque, sendo anti-inflamatório, a sua ação inibe “alguns mecanismos de proteção da parede do estômago”, alerta o médico.

Há ainda efeitos adversos dos anti-inflamatórios no aparelho cardiovascular e rins. É normal que um hipertenso que tome estes medicamentos durante uns dias verifique a subida da tensão.
Já para a população que sofre de doença renal crónica, “a toma de anti-inflamatórios de uma forma indiscriminada” pode “descompensar todo o funcionamento do rim e isso pode trazer problemas para a saúde”, sublinhou o especialista.

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