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Ano 2010

Paulo Rangel revela divisão no PSD-Trofa

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 Foi sem o apoio dos principais elementos da Comissão Política do PSD-Trofa que Paulo Rangel visitou o concelho para apelar ao voto para as internas do partido. António Barbosa, mandatário concelhio do candidato, mostrou-se “magoado” com a atitude dos líderes do partido no concelho e afirmou que não passa de “puro cacique”.

Paulo Rangel foi o único candidato à liderança do Partido Social Democrata que fez campanha na Trofa, o segundo concelho do Norte com mais militantes laranja. Mas isso não foi suficiente para poder contar com o apoio do núcleo duro da concelhia do partido, que decidiu marcar uma reunião da Comissão Política Concelhia para a mesma hora. A ausência do presidente Sérgio Humberto e outros elementos do PSD foi registada “com mágoa” por António Barbosa, mandatário de Paulo Rangel na Trofa.

Perante a notória ausência dos protagonistas sociais-democratas, António Barbosa explicou ao NT/TrofaTv que houve factores “um pouco estranhos” para que o Salão Nobre de S. Martinho de Bougado “não estivesse arrebatadora”: “Registo alguma mágoa que se tivessem marcado reuniões de comissões políticas para hoje (terça-feira) às 21h30, quando já sabiam que o Dr. Paulo Rangel estaria cá”, afirmou. O mandatário trofense afirmou ainda que “deveria ser obrigação das pessoas ouvir os seus companheiros” e questionou “como é que podem depois andar na rua e dizer para votar em Fulano ou Beltrano se nunca ouviram as ideias das pessoas”.

António Barbosa classificou a ausência dos líderes sociais-democratas da Trofa como “puro cacique”, mas recusou alimentar “algum tipo de retaliação”. No entanto, não negou uma possível divisão no PSD-Trofa: “Da minha parte sempre pugnei, porque as disputas são para ser levadas ao seu termo e as pessoas têm liberdade para estarem com quem querem estar, mas com este tipo de posturas, não é possível no dia 27 fazer o propalar da unidade, porque essa faz-se com actos e não com discursos. Este tipo de acto magoa e deixa marcas e eu acho que não é o caminho certo, mas algumas pessoas irão saber no sítio próprio aquilo que sinto”, assegurou.

Já Paulo Rangel desdramatizou a ausência dos elementos da Comissão Política do PSD-Trofa, afirmando “num partido plural há opiniões para todos os gostos” e que se sente “confortável” na Trofa.

Questionado sobre o peso que o concelho tem pelo número de militantes que podem votar esta sexta-feira – cerca de 1700 – Paulo Rangel explicou que não foi só essa a razão que o fez visitar a Trofa: “Eu acompanhei a elevação a concelho, acompanhei sempre o PSD, conheço bem os militantes e os dirigentes do PSD na Trofa e é por essa relação afectiva que eu resolvi vir aqui”, afirmou.

Este homem faz-nos reacreditar na política”

A “clareza do discurso” é uma das principais características de Paulo Rangel que fazem António Barbosa acreditar numa nova mudança de “status quo” no Partido Social Democrata. Recordando que “foi o PSD que falou claro nos momentos da história da democracia plena”, o mandatário trofense afirmou que “este é o homem que faz-nos reacreditar na política”. “Os políticos têm vindo, aos olhos da sociedade, a perder alguma credibilidade, pelos casos múltiplos e dos mais variados tanto seja a nível nacional como local e este homem consegue trazer essa lufada de ar fresco tão importante para este país”, sustentou.

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Também António Pontes, vereador social-democrata da autarquia da Trofa, mostrou apoio ao candidato.

Exaltando o “gosto” que tem pela Trofa e todo o apoio que prestou ao PSD local, Paulo Rangel afirmou aproveitou a reputação do concelho “pela forte industrialização e capacidade de iniciativa dos seus cidadãos” para afirmar que “é importante ter uma palavra para o crescimento económico, porque o país está estagnado e à beira da recessão”. E isto deve-se, segundo o social-democrata, “a 15 anos quase ininterruptos de governação do PS”. Rangel defende, por isso, uma “ruptura com políticas socialistas” em detrimento da, apenas, “substituição de protagonistas”.

O candidato laranja apelou ainda ao voto livre, afirmando que é premente “ir buscar a inspiração de profunda liberdade do Partido Social-Democrata”. “Eu acredito que é possível mudar Portugal, com ruptura podemos ir buscar energia, suplemento de alma dos portugueses e mobilizá-los para um projecto que seja de transformação do país”, afirmou.

A eleição do novo presidente do PSD é já esta sexta-feira. Os candidatos são Paulo Rangel, Pedro Passos Coelho, José Pedro Aguiar-Branco e Castanheira Barros.

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