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Edição 585

Os reis do papel higiénico?!

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De regresso de um período de férias e, como sempre, de volta à Trofa, deparei-me com um frenesim em torno de uma publicação anónima de panfletos, onde a minha imagem aparece associada, e que circulavam no interior e imediações do estádio do Clube Desportivo Trofense e do seu campo de treinos em Paradela! A intenção, certamente, já toda a gente sabe, até porque este tipo de “modos operandi” na nossa cidade já é antigo e bem arraigado em algumas hostes! O que não estava à espera era da falta de originalidade dos panfleteiros, dado que afirmam o que eu já tinha afirmado!

Na minha crónica publicada, em 2015, no jornal “O Notícias da Trofa” e no Blog “E a Trofa é minha”, com o título “Alguém me esclarece o que é favorecimento!?”, disse que iria exercer a minha cidadania, contando factos que eram de domínio público às “entidades competentes”, atendendo a que poderíamos estar perante hipotéticos factos de enorme gravidade e que, a meu ver, iriam contra os mais altos interesses dos trofenses.

Em concreto, 135.000€ de dinheiros públicos provenientes dos nosso impostos, entregues em 2014, por parte dos responsáveis da Câmara Municipal da Trofa, a uma coletividade – o C.D. Trofense – que estava em insolvência técnica, mergulhada em dívidas monstruosas (onde se incluí as Finanças e a Segurança Social), que só sobrevivia porque lhe foi exonerado parte do passivo (60%) passando, mesmo assim, dos 6 milhões e 750 mil euros para os 2 milhões e 700 mil euros.

Para se perceber a grandeza do valor, imagine-se 1.500 pessoas no estádio – e já seria igual a um jogo de casa cheia, o que não acontece há anos – e, cada adepto despender 4 mil e 500 euros para se resolver o problema!

Fica então a dúvida de qual o critério utilizado pelo executivo camarário para injetar na coletividade, já doente, liderado por alguns rostos vindos das mesmas direções que endividaram o C.D. Trofense, ao invés de falar verdade aos trofenses! Terá alguma coisa a ver com o famigerado cumprimento de promessas pré-eleitorais, na medida em que a coletividade esteve em risco de não entrar em competições, precisamente no período de campanha eleitoral no verão de 2013? Se sim, compreenderiam os trofenses que estaríamos a falar de batota ao mais alto nível, com reflexos objetivos no desfecho eleitoral? Meras coincidências, ou talvez não, que o Contrato Programa para a entrega do subsídio tivesse ocorrido na primeira oportunidade, após a tomada de posse, não se tendo voltado a repetir daí em diante?

A verdade, é que estiveram na posse de todo o conhecimento documental imposto por lei – certidões, balanços, contas, planos de ação, etc. – e entenderam estes responsáveis camarários que estavam reunidas condições objetivas, com garantias de longo prazo, para que a estrutura do C.D. Trofense se viabilizasse, sendo essa a indicação que foi dada para a comunidade, a julgar por tão avultada verba e os propósitos que elas se propunham realizar.

Mas, se o critério pode ser discutível, o mesmo já não acontece com a execução do referido Contrato Programa (subsídio) e é aqui que interessa não perder o rasto ao dinheiro… Dizia o protocolo, para que os 135.000€ fossem entregues ao Clube: “a) 75.000€ para atividades regulares das camadas jovens.”; “b) 60.000€ para instalações de Paradela, em particular o “aumento dos balneários e criação e apetrechamento de sala de estudos”.

Estranheza, porque os pais dos atletas também pagaram, como aliás em anos anteriores e posteriores a 2014, para que os seus filhos frequentassem as atividades regulares das camadas jovens, e quanto às benfeitorias, desconhecem-se!

Que ações de controlo foram empreendidas e cautelas tomadas, pelo executivo camarário, em função do elevado grau de sufoco do Clube em consequência da sua exposição a credores? O que levou o executivo camarário a não mais protocolar com o Clube, em 2015 e 2016, preferindo abandona-lo, contradizendo a aparente segurança da sua opção de 2014 e aposta estratégica assumida?

Cabe, por isso, ao executivo municipal e aos responsáveis do Clube, esclarecer dúvidas, a quem de direito, para que a confiança nas nossas instituições não se perca. Uma hipotética intervenção da Polícia Judiciária, entidade que não acaba com nada (como afirmam os panfleteiros), seria muito bem-vinda, reforçando assim esse propósito.

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Quanto ao C.D. Trofense, fundado em 1930, dotado de “utilidade pública” pelos que nos antecederam, mantida durante os seus primeiros 80 anos de vida – PERDEU-A – e por culpa desta “geração” (a nossa, os vivos) que embarcou em grandezas e esqueceu-se da verdadeira dimensão da terra! Os associados, os adeptos, os que gostam do futebol – uns foram cúmplices, outros impotentes.

Resta à TROFA, uma terra pequena mas de gente capaz, talvez ainda bairrista, caminhar como outros já fizeram (novo “Ribeirão 1968”, novo “Salgueiros 08”, novo “Felgueiras 1932”, novo “Marco Canaveses 09”, novo “Maia Lidador”, etc…) para REFUNDAR o C.D. Trofense, também num novo Clube, retomando o “ADN” antigo – o “CLUBE DESPORTIVO TROFENSE 1930”, a bem de uma estrutura de formação de Homens, de convívio e de valores, de desporto e de saúde, de honra e de contas e, em consequência – do bom nome de todos os trofenses.

Termino aqui este assunto, de uma aparente injúria ou difamação à minha pessoa, que considero sem relevo ou importância, deixando assim clara a perspetiva que o panfleto não pretendem esclarecer.

Agradeço a todos os que vendo os panfletos a circularem me contactaram e demonstraram a sua solidariedade, mas sem “stress”, cada um nunca deixa de ser quem é.

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