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Edição 530

Onde para a cultura democrática?

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No mês passado tinha firmado um compromisso comigo próprio, de escrever sobre algum tema, que não o atual executivo camarário, tendo presente que o objetivo desta crónica vai para além da mera crítica, procurando assinalar e contribuir com opiniões, daquilo que se poderá fazer melhor na Trofa e enaltecendo o que de bom possuímos.
Quando ponderava sobre as temáticas que poderia abordar, ocorriam-me diversos acontecimentos, como são exemplo a justa condecoração do Comendador Eurico Ferreira, pessoa que encarna o empreendorismo de muitos trofenses e que merece um Bem-haja, para que continue a ser o exemplo que nos inspira; Ou a inauguração do projeto vencedor do 4º Orçamento Participativo Jovem, “Há mais ligação ao Cerro”, que pelo mérito da iniciativa do anterior executivo, foi reforçado este ano com a celeridade da sua implementação, felicitando o Dr. Sérgio Humberto por não ter deitado ao caixote do lixo esta boa iniciativa, só por ter sido iniciado por outros, juntando-lhe a capacidade de implementação mais célere.
Mas se estes e outros temas polvilhavam na minha mente, na Assembleia Municipal do passado dia 26, fiquei incomodado pelo desrespeito do meu Presidente de câmara, e digo meu sem ironia. Apesar de não deter o meu voto, ele é o Presidente de Todos os Trofenses e tem a obrigação de respeitar Todos os Munícipes, e não apenas os que o “bajulam” ou o “servem”.
O cargo que ocupa, de elevada responsabilidade, faculta direitos, mas acarreta obrigações de prestar contas e esclarecimentos a questões colocadas, com respeito e no local próprio, como foi o caso da última Assembleia.
Percebo, os 30 e muitos minutos que demorou a responder às questões colocadas, mas não entendo o desprezo pelas suas obrigações, de em todo esse tempo não responder e ironizar, com questões colocadas por munícipes, também legitimados pelo voto.
Estranho, como há poucos meses atrás, porque lhe daria jeito, tecia publicamente longos elogios à minha pessoa, e sem qualquer mudança na minha forma de estar, hoje não mereço resposta. Talvez por não comungar da mesma opinião e o demonstrar de forma assumida, mas com respeito.
Afinal onde ficou a cultura democrática do meu presidente de Câmara?
A questão era clara e transcrevo-a, para que não haja dúvidas: “hoje olhos nos olhos como sempre faço, pretendo saber da boca do Sr. presidente da Câmara Municipal da Trofa, Dr. Sérgio Humberto se desmente toda esta situação e quais foram as reais razões para que a Câmara não autorizasse esta reconhecida instituição a utilizar este espaço?”. Esta era a questão, relativamente ao facto de se ter tornado público que a Câmara negou à APPACDM o uso do espaço dos parques junto à Capela e aos Coretos, para a concentração da sua caminhada solidária, com o suposto argumento de falta de segurança.
Tendo já enviado um requerimento à Presidente da Assembleia Municipal para que o Sr. Presidente responda, no âmbito do Direito que a lei, o regimento e o estatuto do direito de oposição me confere, enquanto membro da Assembleia Municipal, fico desiludido pela postura do meu presidente de Câmara, esperando que possa agora por escrito obter resposta à questão, que acredito ser de mais trofenses.
Verifica-se neste executivo, a política do estás comigo, ou estás contra mim. Pois bem, se esta política serve para intimidar quem discorda e ousa expressá-lo, mantenho-me guiado pela minha consciência, defendendo com as minhas limitações, que reconheço humildemente, a defesa da Trofa, dos Trofenses e da Democracia.

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