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Edição 558

O adeus de um capitão “desmotivado”

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Depois de 123 jogos ao serviço do Trofense nas últimas quatro épocas, aos quais se juntam mais 31 em 2009/2010, o experiente médio e um dos capitães de equipa decidiu sair alegando “falta de motivação”. “Não só pelas condições financeiras, mas especialmente pelas estruturais. Não há condições nenhumas e eu, que sou ambicioso, não gosto de andar num clube por andar”, afirmou o atleta, em declarações ao NT.
Hélder Sousa, que no total marcou 25 golos pelo emblema da Trofa, revela mágoa pelo facto de “os dirigentes não estarem presentes”. “Se o clube tivesse o mínimo de organização, resolvia-se de outra forma, porque o dinheiro não era o mais importante”, afirmou, revelando que tem “cerca de quatro meses” de ordenado em atraso.
De entre as propostas que teve, o Pedras Rubras foi o que o agradou mais, porque aos 38 anos, a proximidade à família “é muito importante”. “Já me tinham contactado há algum tempo, mas eu mantive a esperança que o clube melhorasse”, frisou.
Hélder Sousa deixou ainda uma palavra de “louvor” para com a equipa técnica, que “é extremamente profissional, num clube que nem amador é”. “Está sem qualquer rumo”, acrescentou.
Através das redes sociais, o clube despediu-se do jogador com um longo texto, em que reconhece que “merecia uma saída do Trofense mais gratificante, merecia que o clube conseguisse dar-lhe outras recordações no presente, mas o clube saberá encontrar um momento para fazer-lhe a verdadeira homenagem”. “Mágico, especial, estratega, guerreiro, persistente, dedicado, lutador, exemplo a seguir são algumas definições do jogador, mas Hélder Sousa deixa no clube um enorme legado de virtudes e referências. Deixa uma imagem de integridade, frontalidade, profissionalismo, camaradagem, humildade, liderança e boa disposição. A paixão com que joga e respira o futebol é contagiante”, pode ler-se.
Questionado pelo NT sobre a referência do atleta para a ausência dos dirigentes, Nuno Lima, responsável pela Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ), que gere a equipa sénior, afirmou que “é preciso não esquecer que o Trofense era uma estrutura profissional e esta época deixou de o ser, passando a ser um clube amador”, o que teve repercussões “na presença diária de todos os diretores”.
“Estava sempre a espera do melhor momento para ver o clube ter um rumo diferente do que teve até agora, mas aquilo que foi dito é que não temos nenhuma varinha mágica. Todas as pessoas que fazem parte do projeto sabem da atual situação do clube e ele foi, de livre vontade, abraçar um novo desafio na carreira”, sublinhou.
Nuno Lima afiançou ainda que “foram asseguradas todas as condições para os treinos e para os jogos, inclusive os treinos mantiveram-se durante o dia, para que os jogadores pudessem ter a melhor prática da modalidade”.
São as “dificuldades financeiras” que assolam o clube todos os dias, num cenário que, segundo Nuno Lima “era fácil adivinhar, porque a família Silva, que financiou o Trofense durante 30 anos, deixou de o fazer”.
Assim como Hélder Sousa, também Sampaio (SC Praiense), Pedro Eira (Benfica Castelo Branco), Rui Gomes (SC Praiense) e João Viana abandonaram o clube para abraçar outros projetos desportivos.

 

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