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Missa do Galo na noite de Natal

Missa do Galo (em latim “Ad galli cantus” que quer dizer: Na hora em que o galo canta), é a Eucaristia celebrada em muitas igrejas católicas na véspera de Natal, que tem início à meia-noite do dia 24 para o dia 25 de dezembro.

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Origem da Primeira Missa do Dia de Natal à Meia-Noite

Missa do Galo (em latim “Ad galli cantus” que quer dizer: Na hora em que o galo canta), é a Eucaristia celebrada em muitas igrejas católicas na véspera de Natal, que tem início à meia-noite do dia 24 para o dia 25 de dezembro.

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Esta expressão “Missa do galo” é muito específica dos países latinos e deriva de uma lenda ancestral segundo a qual “ à meia noite do dia 24 de dezembro um galo teria cantado fortemente, como nunca se tinha ouvido de outro animal semelhante, anunciando a vinda do Messias, filho de Deus, Jesus Cristo”.

Uma outra lenda, esta já mais próxima de nós, na província espanhola de Toledo, consta que antes de baterem as 12 badaladas da meia noite do dia 24 de dezembro, cada lavrador matava um galo, em memória daquele que cantou quando S. Pedro negou Jesus três vezes, por ocasião da sua Paixão e Morte. A ave era depois levada para a igreja a fim de ser oferecida aos pobres que viam assim o seu Natal algo melhorado.

Havia e há, igualmente, quem relacione o cantar do galo quando as pessoas regressassem da igreja, já pela madrugada-vindos da Missa- e os galos iniciavam o seu canto matinal.
O “Galo” também anuncia o nascer do sol e o seu canto simboliza o amanhecer, comemorado pelos pagãos, como forma de agradecer ao Deus Sol o surgimento do sol, após o longo período do inverno.

Há, entretanto, outra origem referindo que “ um galo teria sido o primeiro animal do estábulo a anunciar o nascimento de Jesus com o seu canto para que toda a gente ficasse a saber”.
Segundo alguns cronistas, a Missa do Galo terá sido instituída pelo papa Telésforo no ano de 143, mas esta versão não terá grande aceitação, até porque a celebração do Natal só terá começado a festejar alguns séculos mais tarde, e assim a hipótese mais provável será cerca do ano 400, no tempo do papa Sisto III.

O que significará “o galo” nas torres das igrejas antigas?

O galo é encontrado, principalmente no alto das igrejas, torres sineiras e torres de vigia desde o início da Idade Média até aos tempos actuais. Esta ave, desde tempos ancestrais é conhecida como o profeta do tempo; acreditavam os antigos que o seu canto afugentava os maus espíritos e as calamidades. Assim, nesses tempos e ainda nos tempos que correm, há muitas pessoas que guiam a sua vida de acordo com a posição dos “galos” nas torres das igrejas, já que estes funcionam como “cataventos”, indicando a direcção dos ventos.
Na tradição cristã, o galo é símbolo de Cristo, como a águia e o cordeiro, acentuando com particular relevo o seu simbolismo solar, a luz e a ressurreição. Como Cristo, o galo anuncia a luz que sucede à noite. Encontra-se em cataventos nos cimos das cruzes das igrejas e das torres das catedrais, significando a supremacia do espírito sobre a matéria, a origem celeste e salvadora.

António Costa

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