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Linha do Equilíbrio: Que medo!

O Medo é uma das emoções primárias/universais, é uma emoção preservadora, sendo fundamental para a nossa proteção, pois sem ele facilmente colocaríamos a nossa vida em perigo, sem consciência dos riscos.

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Terminamos agora o Carnaval, período de grandes manifestações de alegria, onde as máscaras, normalmente, fazem parte da tradição de “disfarçar” quem somos. Algumas das máscaras são coloridas e divertidas, outras de meter medo.
Sobre o medo, quantos de nós já vivenciamos situações de medo? Em crianças, naturalmente sentimos sempre que nos deparávamos com uma situação diferente ou nova, fosse com um ruído, escuridão, separação de pessoas significativas ou, até mesmo, com simples expressões como “se não comeres tudo vem a polícia” ou “se te portares mal vem o lobo mau”. Contudo, em adultos, o medo parece continuar a acompanhar as nossas experiências. Por que será que isso acontece?
O Medo é uma das emoções primárias/universais, é uma emoção preservadora, sendo fundamental para a nossa proteção, pois sem ele facilmente colocaríamos a nossa vida em perigo, sem consciência dos riscos. Desta forma, quando estamos numa situação de ameaça, ficamos com medo. Como consequência, o cérebro percebe esse estímulo e ativa, por natureza, a libertação de hormonas que vão fazer o coração acelerar, a respiração ficar ofegante, aumentar a transpiração, sentir as pernas a tremer, entre outras reações. Todos estes sintomas têm a função de preparar o nosso corpo para a ameaça sentida, provocando três possíveis respostas: a fuga, a luta ou a imobilização. Todas estas respostas são normais numa situação de medo real.
E quando o medo se torna irracional? Nesta situação, a vida das pessoas tende a tornar-se difícil, espoletando constantemente sintomas fisiológicos e psíquicos que vão condicionar a sua vida e, por conseguinte, conduzir ao sofrimento. Paralelamente, poderá ainda trazer limitações no rendimento da pessoa no trabalho, na escola, nas relações sociais, alastrando a todas as atividades diárias!
Assim, as pessoas que sofrem de medo constante sentem uma angústia persistente e exacerbada (na ausência de perigo real), podendo levar, porventura, ao desenvolvimento de fobias a determinadas situações que lhes causem aversão, como são exemplos: o medo a aranhas, o medo das alturas, o medo de lugares fechados ou até mesmo o medo de falar em público.

Então, o que podemos e devemos fazer para “enfrentar” essa situação?
No caso das crianças, muitos destes medos podem provocar sentimentos de insegurança. A intervenção passa por explicar aos pais que não devem ignorar o que a criança está a sentir, promovendo o diálogo com a criança sobre as suas emoções. Desta forma, a criança sentir-se-á protegida e, principalmente, compreendida, transformando o seu “monstro” em algo que aceite e passe a considerar natural.
Nos jovens e adultos a melhor estratégia é enfrentar o medo, aceitando a sua existência, pois assim este tende a desvanecer, bem como acreditar que é possível superá-lo. Além disso, associar a técnica da respiração, que funciona como uma âncora que ajuda a pessoa a acalmar os seus sintomas fisiológicos e, ao mesmo tempo, a desviar a atenção para focar o pensamento na respiração. Por outro lado, poderá ser benéfico incluir tarefas para aumentar a positividade nos pensamentos, através de exercícios de atenção plena. Outras estratégias passam por realizar práticas prazerosas, de que são exemplo: fazer caminhadas ou desporto, ouvir música ou interagir com amigos.
Controlar o medo é possível, pois como o nosso cérebro funciona por associação só temos de encontrar uma associação ao medo positiva, bastando para tal ter essa perceção e trabalhar para vencer essa batalha…

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