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Edição 550

José Maria ordenado diácono permanente

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“Senti a presença de Deus, infundido em mim a graça e a força do Espírito Santo”. Este foi o sentimento de José Maria Vasconcelos, aquando da imposição das mãos do Bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, sobre a sua cabeça, durante a sua ordenação enquanto diácono permanente. José Maria é apresentado à paróquia pelas 20 horas deste sábado e pelas 12 horas de domingo.
Natural de Santiago de Bougado, José Maria Silva Vasconcelos contou que o “chamamento de Deus” para o diaconado tornou-se “evidente há cerca de seis anos”, quando o então padre Armindo Gomes lhe propôs ser diácono permanente, tendo iniciado “o processo de discernimento e formação, sempre com todo o seu acompanhamento e incentivo”, que “continuou sempre presente” com o atual pároco Bruno Ferreira. “Diaconia é serviço e o serviço à Igreja foi sempre para mim de relevante importância como cristão”, mencionou, enumerando que é “ministro extraordinário da comunhão, membro da Equipa de Liturgia, leitor, acólito e membro da Pastoral Familiar Paroquial e Vicarial”.
Antes de ser ordenado, José Maria, de 59 anos e casado, teve que realizar uma formação no Centro de Cultura Católica do Porto, Escola dos Ministérios Litúrgicos da Diocese do Porto, “ao longo de quatro anos”. Para ser diácono, assegura, é preciso “ser cristão e abrir pela Fé o seu coração ao chamamento de Deus e, na vivência em família desta Fé Cristã e com a formação para o diaconado, estar disponível para o serviço da Igreja”. “O diácono permanente é chamado à sua vocação em profunda comunhão com a sua família e comunidade paroquial. O apoio pela oração e confiança incondicional que senti por parte de todos foram sem dúvida um contributo importante nesta minha caminhada vocacional”, referiu.
Na sua ordenação, o diácono permanente, “na simplicidade da sua entrega ao serviço”, jurou ao Bispo do Porto e seus sucessores “reverência e obediência”, estando, por isso, “disponível para colaborar com este e com aqueles que, em comunhão com a Igreja, se entregam ao serviço paroquial sendo a imagem de Deus nas comunidades”.
José Maria deixou “um agradecimento sincero a todos quantos, de qualquer forma”, participaram nestas ordenações diaconais.

O que é um diácono permanente?
O diaconado exercido por candidatos ao sacerdócio só é concedido a homens solteiros, enquanto os diáconos permanentes, também do sexo masculino, devem ter mais de 35 anos e podem ser casados. O Sacramento da Ordem está dividido em diaconado, presbiterado (padres) e episcopado (bispos), ou seja, um diácono permanente não chega a ser padre por ter o sacramento do matrimónio.
Na homilia, disponibilizada no sítio oficial da Diocese do Porto, o Bispo D. António Francisco dos Santos recordou que o “caminho à ordenação de diáconos permanentes” surgiu durante o “Concílio Vaticano II”, tendo os primeiros diáconos permanentes do Porto sido ordenados a “26 de abril de 1992”. “Constituídos para o ministério e não para o sacerdócio, os diáconos permanentes, munidos com a graça sacramental, servem o Povo de Deus na diaconia da liturgia, da palavra e da caridade, em comunhão com o Bispo e seu Presbitério”, disse ainda.
Os diáconos permanentes não podem celebrar missa, dar a extrema-unção, nem o sacramento da reconciliação (confissão), pois são rituais que só ao padre conferem o direito.


João Alves foi o primeiro diácono permanente

Nos dias 22 e 23 de dezembro de 2012, João Alves, natural de Santiago de Bougado, foi apresentado na paróquia como diácono permanente, depois de ter sido ordenado a 8 de dezembro do mesmo ano. Na altura, João Alves constatou que foi o primeiro diácono permanente da Vigararia Trofa-Vila do Conde. Quando entrevistado pelo NT, há três anos, João Alves confidenciou que, por ser “uma coisa nova” e como as “pessoas são muito tradicionalistas”, apesar de notar “muita atenção e carinho”, acha que, para elas, “senão tiver padre, a missa não vale”.
Este ano, João Alves participou na missa da Imaculada Conceição da Virgem Maria.

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