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Edição 611

Força, Senhor Presidente da Câmara!

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As obras do prolongamento da linha do Metro do ISMAI até à Trofa têm servido de motivo para os diferentes governos gozarem e insultarem os trofenses. Ora é aprovado na Assembleia da República a referida obra, ora é aprovado um estudo de viabilidade económica, antes de avançarem as referidas obras.
Tem sido uma brincadeira pegada com as boas gentes da Trofa e por isso alguns (poucos) trofenses já há muito tempo que tinham avançado com a proposta de colocarem em tribunal internacional o Estado português, pois as obras da 1ª fase indicavam a sua conclusão até ao centro da Trofa. Mas o que se passou é que essa fase da construção já há muito avançou para outras fases e para outros prolongamentos, sem que o Metro tenha chegado à Trofa.
Obviamente foi com enorme regozijo que se ouviu o Senhor Presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, a informar os seus munícipes que processar o Estado português e fazer uma denúncia à União Europeia, para que seja averiguado o destino dos dinheiros públicos, que se destinavam às obras da 1ª fase do Metro, onde estava incluída a chegada do Metro ao centro da Trofa, mas que se ficou apenas pelo ISMAI, no Castelo da Maia.
Força, Senhor Presidente da Câmara! Não esmoreça, não se conforme, não baixe os braços. Que nunca lhe falte as forças e a vontade para acabar, de uma vez por todas com a enorme injustiça que foi feita aos trofenses, mas não faça desta luta mais que justa, apenas uma arma de campanha eleitoral, nem seja mais agressivo ou mais brando conforme o seu partido esteja na governação do país ou na oposição.
Sem receios, Senhor Presidente da Câmara Municipal da Trofa, apresente uma queixa contra o Estado português e faça uma denúncia à União Europeia e a outras entidades internacionais. Todas as formas de luta são importantes para repor a justiça! É sempre bom recordar que esta luta teve a sua origem quando foi «surripiado» aos trofenses o seu transporte público, o comboio da «via estreita», cuja linha encerrou em 24 de fevereiro de 2002 (já lá vai década e meia!), para ser implantado o Metro de Superfície aproveitando o mesmo canal do comboio.
Também é bom lembrar que não foram os trofenses que pediram o encerramento da referida linha de comboio, que existia há cerca de oito décadas, desde o dia 30 de outubro de 1938, pois foi a empresa Metro do Porto que teve necessidade de fazer a ligação do Metro até à Trofa. E assim, uma parte significativa dos trofenses ficou sem o seu meio de transporte habitual, para se deslocar para os seus locais de trabalho ou de estudo. Esta é a triste realidade! A Trofa pertence à Área Metropolitana do Porto.
É uma verdade insofismável que a Trofa pode vir a ser uma excelente porta de entrada para a Área Metropolitana, pois pode vir a ser o segundo interface mais importante, a seguir a Campanhã, no Porto. Quem vier do Norte e pretender ir para a parte ocidental do Porto ou mesmo para Matosinhos tem a possibilidade de apanhar o Metro na Trofa. Este dado importante não pode constar de qualquer análise de rentabilidade do Metro à Trofa, pelo que o tão propagado estudo de viabilidade económica deve ser considerado um autêntico embuste, uma enorme falácia, uma desculpa esfarrapada, para não concluírem as obras da 2ª fase do Metro.
Por tudo isto é que se pode afirmar que não há, não poder haver, qualquer estudo honesto, de viabilidade económica, para a conclusão das obras da 1ª fase do Metro do Porto. Assim como não houve qualquer estudo de viabilidade económica para o investimento avultadíssimo, que se vai fazer em Lisboa, para o prolongamento de dois quilómetros no Metro, do Largo do Rato ao Cais de Sodré, com a construção de duas novas estações (Estrela e Santos), onde existe transporte alternativo, ao contrário do que acontece com uma parte significativa de trofenses.
A falta de vontade política do poder central é o único argumento. Não há outro!

moreira.da.silva@sapo.pt
www.moreiradasilva.pt

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