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Edição 562

Feira Anual da Trofa: as polémicas de uma grande festa na antecâmara das Autárquicas de 2017

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A Feira Anual da Trofa (FAT) deste ano celebra um aniversário redondo: 70 anos de vida. Nascida em 1946 como um certame agro-pecuário, a FAT evoluiu ao longo das suas várias décadas de existência e é hoje um evento de dimensão nacional, cujo alcance, no contexto do concelho da Trofa, não tem paralelo. Todos os anos, centenas de profissionais e empresas das diferentes áreas abrangidas pelo âmbito da Feira Anual da Trofa concentram-se no nosso concelho para um fim-de-semana alargado de contactos comerciais, negócios, concursos, competições equestres e, de há uns anos para cá, animação nocturna. Quanto a esta última, de notar que os últimos anos foram de inversão do paradigma instalado desde sempre na Trofa, que tende a ser de um conservadorismo radical para os tempos que hoje vivemos. Motivo que em parte explica porque tantos jovens do concelho preferem divertir-se nos concelhos vizinhos.
Depois da polémica que resultou numa espécie de tentativa de boicote à presença da Cruz Vermelha na edição anterior, esperava-se mais contenção da parte dos responsáveis políticos locais. Contudo, parece que já não há Feira Anual que não conte com uma boa trapalhada da parte dos seus responsáveis. A deste ano foi o afastamento nada transparente da Confraria do Cavalo da organização das actividades equestres, para no seu lugar emergir uma nova associação, criada quase em cima do acontecimento, que de alguma forma conseguiu convencer os responsáveis da Câmara Municipal da Trofa e da Junta da União de Freguesias de Bougado a receber tamanha responsabilidade, apesar da sua embrionária existência. Insondáveis, os caminhos da intriga política. Do lado da Confraria, as reacções foram tudo menos passivas. Entre uma providência cautelar e declarações polémicas a roçar acusações de clientelismo e tráfico de influências, os seus responsáveis são o espelho da indignação de quem ontem contava com a máxima colaboração dos confrades Sérgio Humberto e Luís Paulo mas que agora se vê relegado para segundo plano pela Equestrian Events, uma associação que dá a sensação de ter sido feita em cima do joelho para a ocasião. Algo de muito estranho se terá passado aqui. E não foi o futuro.
Polémicas à parte, e porque muita água correrá ainda debaixo desta ponte, é tempo de aproveitar esta grande festa e mostrar a todos os que nos visitam que sabemos receber. E se sabemos! E a um ano das próximas Autárquicas, o contexto não poderia ser melhor para um reforço sem precedentes da animação da FAT, com actuações do grande Quim Barreiros e do fenómeno juvenil D.A.M.A., que regressa à Trofa poucos meses após a sua última visita. Pena não haver tantos milhares de euros para, sei lá, arranjar a tortuosa N104. Ou as estradas na Vila do Coronado. Ou o acesso medonho ao Castro de Alvarelhos. É que quem lá passa fica com a sensação que o futuro ainda não passa lá.
Claro que, em termos estratégicos, poucos investimentos resultam tão rentáveis como aquilo a que comumente designamos de política de pão e circo. Um investimento efémero, alguns dirão. Não obstante, tremendamente eficaz. As eleições estão à porta e já se contam espingardas nas sedes partidárias. E o erário público, tal como os ajustes directos, quando nasce, continua a não ser para todos. Estar no poder continua a ter as suas vantagens.

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