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Edição 600

Executivo Camarário na Trofa: A diferença entre DIZER e FAZER

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artigo Pedro Ortiga 1

Caros Conterrâneos, numa semana em que ficou uma vez mais patente a prepotência e falta de respeito por parte de quem nos dirige, e que tal como o executivo trofense, foi legitimamente eleito para questionar, analisar e escrutinar a forma como o Nosso Município é gerido, no âmbito das competências da Assembleia Municipal, não posso deixar que passe em branco um tema que poderá para os menos atentos parecer secundário, mas que a meu ver merece realce pela importância que poderá vir a ter no desenvolvimento futuro de alguns anseios da Nossa População.
O Governo da Nação no âmbito da posição publicamente assumida aquando da última campanha eleitoral, de rever a reorganização territorial das freguesias, realizada a regra e esquadro no período de vigência do anterior governo PSD/CDS, sem que este tenha demonstrado estudos públicos dos ganhos financeiros, de eficiência e eficácia dos serviços prestados pelas freguesias com a referida reorganização, promoveu através de um grupo técnico constituído para o efeito, um questionário para municípios e freguesias sobre esta matéria. Mais do que a política do “destruo tudo o que os outros fizeram” importa avaliar caso a caso as vontades de reverter ou manter a organização administrativa atual das freguesias.
Pois bem, mais do que defender neste artigo de opinião a minha visão do tema, que a propósito se mantêm de forma coerente para todas as freguesias que foram alvo de fusão, passando por dar Voz aos fregueses das freguesias em causa (S.Martinho e Santiago; Alvarelhos e Guidões; S, Mamede e S. Romão) para que tenham oportunidade de exprimir o seu sentir, validando a reorganização realizada ou em alternativa demonstrar a sua pretensão de reversão do então implementado. Assim sim, teríamos a democracia a funcionar sem verdades ocas e deturpadas.
Mas, indo mais além desta falta de oportunidade de debater opiniões distintas e fundamentar posições contrárias, num ambiente de construção participada da população, gostaria de realçar a diferença que detemos entre DIZER e FAZER de quem dirige os destinos do nosso Município, não algo que me surpreenda infelizmente, face a acontecimentos recentes de todos conhecidos, mas pela forma “cândida” e sentida como afirmam algo e fazem o oposto.
Ora vejamos:
Na Assembleia de Freguesia realizada a 17 de junho deste ano em Guidões na ata da referida Assembleia pode-se ler as afirmações do Sr. Presidente da Câmara, Dr. Sérgio Humberto, acerca desta matéria, e passo a citar: “(…) Não obstante não concordar, facto que foi demonstrado à data em que foi efetuada a agregação, é certo que se deve olhar para o interesse das populações, e não deve ser visto quer sob o ponto de vista clubístico quer partidário, ou como dá jeito!(…)”, tendo ainda sido afirmado publicamente por este “Se isto depender de um despacho do Presidente da Câmara, Guidões terá a sua junta de freguesia amanhã. É claro que nos estamos a favor”.
Mas se desta forma CLARA E POPULAR o afirma, vejamos agora o que faz quando questionado pelo grupo técnico criado para o efeito, para posterior envio à DGAL (Direção Geral Autarquias Locais):
No questionário é solicitado “Tendo presente a agregação/extinção/criação das freguesias operada em 2013, indique de entre os vários critérios constantes no quadro abaixo quais considera ser mais adequados para aferir os resultados da alteração ocorrida” acrescentando ainda que cada critério devera ainda “ser classificado de 1 a 6” quanto à sua importância.
Pois bem, segundo o Executivo, “e bem”, afirmam estes, todos tem igual adequação para aferir os resultados da alteração ocorrida, correndo-os todos com adequação 1 (um). Relativamente ao grau de importância de cada um dos critérios, não apresentam qualquer resposta.
Mas se a interpretação aqui podia pecar por menor clareza na formulação, as questões seguintes são bem mais objectivas, como podem verificar no questionário que se reproduz, e chamo a atenção à questão 4, onde o município com a conivência do Sr. Presidentes de Junta das freguesias agregadas responde SIM. Existe acordo do município para se manterem os limites atuais das Uniões de Freguesias. Muito claro, mas totalmente contraditório, dado que o que se pretendia saber era se o Município estava de acordo com as agregações realizadas mantendo os seus atuais limites, ou se existia motivos de ser analisadas possíveis reversões.
Se existem populações nestas freguesias agregadas que não se fizeram ouvir publicamente até este momento, este executivo escamoteia, desrespeita, faz tábua rasa, de moções como a aprovada na união de freguesia de Alvarelhos/Guidões por unanimidade, a solicitar a reversão dessa agregação. Em Bougado existiram já diversas iniciativas na Assembleia de freguesia acerca deste tema, tendo o Sr. Presidente da Assembleia de freguesia assumido publicamente compromisso de realizar uma Assembleia Extraordinária para debater este tema, e influenciado pelos seus pares de coligação, dá o dito por não dito e não permite o eficaz debate desse tema.
Meus caros, sendo favorável a agregação realizada ou não, uma coisa fica uma vez mais provado. O Sr. Presidente da Câmara, Dr. Sérgio Humberto, hoje afirma uma coisa e amanha faz outra, com o despudor de afirmar que em nada alterou a sua posição.
EIS A DIFERENÇA DE DIZER E FAZER para este executivo.

artigo Pedro Ortiga 1

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