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Edição 570

Excelentíssima deputada Emília Santos

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A propósito do seu artigo de opinião no Jornal de Notícias (28.03.16) sobre as declarações do ministro do Ambiente relativamente à extensão da Linha Verde da Metro do Porto (MdP) até à Trofa, começo por lhe endereçar um agradecimento pelo empenho na busca de uma solução para um problema que, durante os quatro anos e seis meses em que a coligação PSD/CDS-PP governou o país, não verificou qualquer avanço. Por ocasião da visita de Pedro Passos Coelho ao nosso concelho, a poucos dias das eleições Legislativas, o próprio afirmou, perante as objectivas da imprensa local, que a extensão do metro até à Trofa “não está em cima da mesa”.
Perante a inoperância do anterior executivo, permita-me questioná-la sobre a ausência de protestos da parte da senhora deputada sobre a forma como este projecto, fundamental para milhares de trofenses, foi manifestamente ignorado pelo governo encabeçado pelo seu partido. Permita-me também questioná-la sobre a ausência de qualquer indignação tornada pública após as declarações do ex-secretário de Estado dos Transportes que afirmou, a 7 de Junho de 2014, que “Não haverá um euro na expansão do metro de Lisboa se também não houver no Porto” para, um ano depois, assistirmos à expansão do metro de Lisboa até à Reboleira. Sinto que fomos enganados e estou certo que, pela forma como assume esta luta, se sentirá também.
Relativamente ao documento homologado pelo governo, que uniu as concelhias do PSD da Trofa e da Maia, a MdP e a CCDR-N, fica a sensação, após a leitura do seu artigo, que o mesmo garantia a execução da obra. Mas ambos sabemos que não é bem assim, tal como confirmou o vice-presidente da CCDR-N ao referir-se ao mesmo como um “memorando de trabalho” que não garantia execução, sem modelo de financiamento definido e sem o necessário aval da Comissão Europeia, fundamental para o avanço da obra.
Perante estes factos – declarações de Pedro Passos Coelho, investimento no metro de Lisboa, um acordo que não passa de uma declaração de interesses e quatro anos e meio em que processo se manteve literalmente bloqueado – uso das suas palavras para a recordar que o anterior governo desmentiu o anterior governo, que a forma como ignorou as necessidades do concelho da Trofa, do ponto de vista económico como do serviço público, só pode ser “explicável à luz da mesquinhez política”, que a homologação do acordo entre as concelhias do PSD, a MdP e a CCDR-N não passou de uma mera declaração de interesses, inconsequente pelos motivos já enunciados, e que, no fundo, aquilo que este governo PS está a fazer é exactamente aquilo que o anterior fez: ignorar as necessidades da população trofense.
Infelizmente, a curta-metragem que refere é na realidade longa e transversal a diferentes governos e autarcas. A falta de visão estratégica e de responsabilidade política foi variável comum aos governos de José Sócrates e Pedro Passos Coelho tal como a argumentação pejada de objectivos partidários é comum a PS e PSD. Talvez não conheça bem a realidade do nosso concelho, mas posso assegurar-lhe que esta questão já alimentou instrumentalizações e falsas promessas tanto de um como do outro partido. Faço votos de que possamos continuar a contar com o seu contributo e indignação quando o poder voltar a ser ocupado pelo seu partido e não apenas enquanto os socialistas estiverem no poder.
 
Atentamente,
João Mendes, cidadão trofense
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