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Edição 563

Escola promove competição de rugby

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Escolinha de Rugby da Trofa 50

O concelho da Trofa foi palco da primeira competição de rugby. Em parceria com a Associação de Rugby do Norte, a Escolinha de Rugby da Trofa organizou a 1.ª jornada do Torneio de Inverno Inter-Regional Sub14, no Parque de Jogos da Ribeira, em Santiago de Bougado.

A Escolinha de Rugby José Redondo, do Rugby Club da Lousã, sagrou-se campeã do Torneio de Inverno Inter-Regional Sub14, ao derrotar a Escolinha de Rugby da Trofa, na final da jornada em atraso, que se realizou no domingo, 6 de março. A jornada, a 1.ª, estava marcada para o dia 10 de janeiro, mas teve que ser “adiada” devido “ao mau tempo”.
O diretor da Escolinha campeã, Paulo Batista, afirmou, antes da final, que o torneio estava “a correr bem” e que “só perderam um jogo”. E para quem pensa que este desporto é violento, Paulo Batista confirma que “não é” e prova disso é “a quantidade de raparigas” que “hoje em dia” o jogam, coisa que era “impensável há uns anos”.
Já a Escolinha de Rugby da Trofa apenas perdeu frente à equipa da Lousã, terminando o Torneio em 4.º lugar, com 78 pontos. Para o diretor da Escolinha da Trofa, Ricardo Costa, o plano desportivo “está a ser ótimo” e está “a superar todas as expectativas”, tendo em conta que este é “o segundo ano que participa neste campeonato”. Também para a diretora da Escolinha da Trofa, Daniela Vieira, a participação nestes campeonatos “é satisfatória”, uma vez que estão a competir com “equipas com muitos anos e história de rugby”, contrariamente a eles que estão “a começar com a modalidade no concelho”, e também pela sensação dos atletas de “ganharem e atingirem os objetivos”, que lhes é “exigido”.
A época dos Sub14 é dividida em três campeonatos distintos: os torneios competitivos de inverno, outono e primavera. O diretor técnico regional da Associação de Rugby do Norte, Henrique Rocha, declarou que a jornada “correu bem”, tendo apenas existido “um pequeno inconveniente”, em que “algumas equipas que estavam inicialmente inscritas para a 1.ª jornada faltaram agora porque os miúdos têm exames”. “Vamos terminar com os miúdos a experimentar o rugby de 13, que é algo que normalmente não têm oportunidade”, adiantou.
Henrique Rocha explicou que a escolha do concelho da Trofa para fazer “o circuito de atividades” está relacionada com as “excelentes condições para a prática” e pelo campo, que “é fantástico”, estar “muito bem localizado”.

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Escolinha de Rugby da Trofa 50

Escolinha faz sucesso junto dos jovens
Há “quase um ano” que Nuno Ramos faz parte da família da Escolinha de Rugby da Trofa. Gosta muito dos jogos, porque o rugby é o seu “desporto preferido”, mas também gosta de pertencer à Escolinha, pelo “apoio escolar que tem” e por os diretores “oferecerem muitas coisas”.
Daniela Vieira recordou que os Sub14 são “a primeira fornada” da Escolinha de Rugby da Trofa e que, por isso, já vão no seu “terceiro ano” na modalidade. “O nosso objetivo é trabalhar estes jovens a longo prazo. Temos um plano de trabalho em que no primeiro e segundo ano apostamos na formação e a partir daí já podemos exigir algum rigor a nível técnico, de esforço e de resultados”, adiantou.
Já Ricardo Costa relembrou que a Escolinha de Rugby é um projeto de “cariz de prevenção primária”, em que “mais do que formar grandes atletas e alunos”, o objetivo passa por “pessoas responsáveis e homens/mulheres do futuro”. O resultado está, segundo conta, à vista, uma vez que os jovens “apostaram na sua formação desportiva e não desleixaram a sua formação escolar”. Também Daniela Vieira salientou que este projeto pretendia mudanças “a nível comportamental”, em que os jovens soubessem reagir a “situações complicadas” que acontecem no jogo mas também na escola e em casa, a “saber ultrapassar essas dificuldades e, principalmente a nunca desistir”. “Nós reportamos isso no campo, nos estudos e nos problemas pessoais. Tens um problema hoje, caíste e levantas-te para resolver ou ultrapassar e nós estamos cá para ajudar. Como acontece no jogo, em que não entramos no campo para jogar por eles, mas estamos aqui para os apoiar”, adiantou, mencionando que esta “filosofia comportamental e de vida dentro do campo funciona no dia a dia”, havendo “jovens que bebem muito estas regras do rigor e da filosofia do rugby para a sua vida escolar e familiar”.
Atualmente, a Escolinha de Rugby da Trofa tem “cerca de 51 atletas de várias faixas etárias”, em que “o mais novo tem três anos e o mais velho 15”, e funciona “quase como uma segunda parte para grande parte destes atletas, que lancham, estudam, brincam e treinam” na sede da instituição, localizada nas instalações do Atlético Clube Bougadense. “A Escolinha pode servir no concelho como mais um polo de apoio ao desporto e não só dentro da área social e como fator de prevenção primária. Acho que todos os trofenses deviam ficar orgulhosos, porque não é fácil ter uma equipa da Trofa com dois anos a ombrear com equipas de Coimbra, Viseu, Braga, Lousã e Guimarães”, mencionou.
Para Henrique Rocha, diretor técnico regional da Associação de Rugby do Norte, a Escolinha da Trofa é um “projeto social fantástico”, que apoiam “desde o primeiro minuto, porque valoriza não só a parte desportiva, mas também todo o enquadramento social”. “Alguns jogadores, por vezes, não participam numa ou outra ação, porque não tiveram boas notas ou bom comportamento escolar e isso é fundamental para perceberem que isto é uma ação integrada, que não visa só a parte desportiva”, denotou.

Escolinha com Parque Social na Feira Anual
Este ano, a Escolinha de Rugby da Trofa participou na Feira Anual da Trofa, com um espaço onde os visitantes podiam estacionar o seu veículo, através do pagamento de um euro. Os atletas do Sub14 e “alguns do Sub12” estiveram responsáveis por dinamizar o espaço e “a publicitar a Escolinha”. “É uma forma de tornar os jovens empreendedores e de angariar fundos, visto que a Escolinha é um projeto gratuito, mas que tem muitos gastos a nível alimentar, de saúde e com material de apoio escolar, para além das saídas”, terminou.

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