Crónica ACeS – Um dia importante 19 de março – Dia do Pai

No dia 19 de março celebra-se o dia do pai; dia de São José, Santo Popular da Igreja Católica. Este dia comemorativo teve origem nos Estados Unidos da América, em 1909. Sonora Luise, filha de um militar resolveu criar o Dia dos Pais motivada pela admiração que sentia pelo seu pai.
A parentalidade no masculino não é uma novidade dos tempos modernos, mas as mudanças estruturais na família e na sociedade impuseram inevitáveis mudanças e trouxeram “um novo pai”.
Estes “novos pais” são elementos mais ativos no cuidado e na educação dos filhos. Já não estão reduzidos à figura do “sustento da família” ou da figura de “autoridade”. São pais afetivos, que brincam com os filhos, que cuidam, que assumem os papéis que forem necessários (condicionado em grande parte pela integração das mulheres no mercado de trabalho) para que a sua família funcione e seja feliz. São pais que acompanham as mães dos filhos na gestação, no parto e que são elementos ativos desde os primeiros dias de vida dos filhos. São pais que se revezam com as mães no acompanhamento dos filhos, quando estes estão doentes em casa ou no internamento de um hospital.
Hoje em dia, a importância deste papel é aceite do ponto de vista social e consagrado por lei, através do Decreto-Lei n.º 91/2009de 9 de abril. No entanto, será do senso comum que o usufruto deste direito nem sempre é assim tão linear. A pressão sobre os homens, mas também sobre as mulheres, para serem profissionais de excelência (como se uma coisa fosse obrigatoriamente incompatível como outra), faz com que muitos pais e mães abdiquem dos seus direitos e deleguem precocemente o cuidado do seu filho ou filha noutras figuras (os avôs, amas…).
Independentemente do modelo familiar na qual uma criança esteja inserida, pais casados, em união de facto, pais separados… os filhos de pais afetuosos, que valorizam a qualidade de relação que estabelecem com os seus filhos, são mais seguros e felizes.
Este artigo é dedicado a todos os pais, que independentemente dos constrangimentos, assumem este papel único, que é ser pai e que é tão importante como o ser mãe. Mas é também dedicado às mães, que reconhecendo a importância deste papel, são uma força na valorização do mesmo.

Enfermeiras Elsa Silva e Sandra Costa
ACeS Grande Porto I – Santo Tirso/Trofa

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