quant
Fique ligado

Edição 509

Circular “não é a solução pedida e merecida”

Avatar

Publicado

em

Os vereadores eleitos pelo Partido Socialista mostraram o seu desacordo com o protocolo de cooperação para a construção da alternativa à EN14, votando contra o documento, durante a reunião de Câmara.

“Não nos contentamos com soluções que adiam o futuro e o desenvolvimento do nosso concelho e que não resolvem na plenitude os problemas da Trofa”. Durante a reunião de Câmara desta quinta-feira, 5 de fevereiro, os vereadores eleitos pelo PS mostraram-se desagradados com a posição do Governo de construir novos acessos rodoviários alternativos à EN14.

Na votação do protocolo de cooperação para a construção de “Variante/Circular à EN14”, os vereadores socialistas votaram contra e apresentaram uma declaração de voto, onde explanaram as razões que os levaram a tomar esta decisão. Segundo o documento, facultado ao NT, os socialistas afirmam que a Circular da Trofa é “uma solução desenhada à medida da campanha eleitoral que se aproxima, mas não a solução pedida e merecida pelos trofenses”. “A solução apresentada consiste numa nova estrada, alternativa à EN14, que vem aproveitar alguns troços já existentes no centro da cidade.

Não desvalorizamos o facto de introduzir uma melhoria na rede viária, mas frisamos que esta solução está demasiado longe do investimento necessário, previsto prometido e concertado em 2012 entre as três câmaras municipais envolvidas”, enumeram.

Tendo sido este “um compromisso eleitoral deste executivo municipal, que agora facilmente decidiu abdicar desse compromisso com os trofenses”, o PS declarou que o “presidente da Câmara Municipal da Trofa foi incapaz de alcançar vantagens para o concelho neste processo de negociação, sendo aliás o concelho da Trofa o único que sofre desinvestimento face à anterior solução concertada entre os três municípios em 2012”. “Depois de vários anos de luta e reivindicação, termina assim abruptamente um anseio e uma necessidade dos trofenses, cuja concretização é prometida há mais de 20 anos. Esta proposta comete uma enorme injustiça histórica que, uma vez mais, não é corrigida. Este projeto não é, de forma alguma, substituto das tão prometidas variantes”, ressalvou, salientando que “a solução proposta não retira tráfego do centro urbano da cidade da Trofa”.

Segundo os vereadores socialistas, esta solução “fará aumentar o tráfego pesado a circular pelo centro da cidade, nomeadamente em importantes ruas habitacionais e de comércio”, contrariamente aos “concelhos da Maia e de Famalicão que não terão trânsito pesado a ser encaminhado para o centro das suas cidades”. “A Trofa é vista, pelo Governo e com a concordância da Câmara Municipal, como um meio de alavancagem das economias vizinhas, constituindo-se assim como um meio de passagem de tráfego em vez de um ponto que oferece qualidade de vida e soluções de mobilidade às suas populações. Ao contrário dos municípios da Maia e Famalicão, que se preocupam em assegurar as acessibilidades necessárias às suas zonas industriais, na Trofa essa preocupação, infelizmente não foi defendida por este executivo. As nossas empresas e zonas industriais vão continuar sem acessibilidades que lhes permitam compensar a natural falta de competitividade que já possuem devido aios elevados impostos municipais (IMI e Derrama).

Diz o slogan colocado na fachada da Câmara Municipal que ‘Trofa, o futuro passa por aqui’. Infelizmente, como se regista, passa, anda e não fica”, concluiu.

Em resposta, o presidente em exercício, António Azevedo, afirmou que o PS Trofa tal como o nacional “só quer coisa grande, para não se fazer”.

Segundo o protocolo de cooperação entre os municípios de Famalicão, Maia e Trofa, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N) e Estradas de Portugal, pode ler-se que o Município da Trofa “procede à transferência do troço de estrada construído pela REFER, designado por Interface Rodoferroviário da Trofa, que será integrado no domínio rodoviário nacional da EP para manutenção e exploração, a partir da data de abertura ao tráfego da circular à Trofa à EN14 que o integrará”.

Publicidade

PS Trofa reage ao anúncio do primeiro-ministro

Em comunicado enviado à comunicação social, o Secretariado Concelhio do Partido Socialista da Trofa reage ao “anúncio do primeiro-ministro sobre a desistência da construção da Variante à EN14”. Com um discurso coincidente ao apresentado pelos vereadores na reunião de Câmara, o PS Trofa recorda que com esta “‘solução’ são convidados a circular na Avenida Cesário Verde (junto à nova estação da Trofa), todos os dias, centenas de camiões, provenientes das zonas industriais dos concelhos vizinhos”, uma medida que deixa os socialistas “absolutamente preocupados com o dramático decréscimo de qualidade de vida que as populações sofrerão com estas perturbações”. “A proposta trata-se de uma imposição, apresentada à pressa, seguindo o calendário eleitoral, com troços sem estudo de impacto ambiental e com previsão de início de obra para o mês das eleições legislativas. A população da Trofa devia e merecia ter uma palavra a dizer sobre este projeto”, concluiu.

Continuar a ler...
Publicidade

Edição Papel

Vê-nos no Tik Tok

Comer sem sair de casa?

Facebook

Farmácia de serviço

arquivo

Pode ler também...