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Edição 579

Calendarização para a construção da variante à EN 14 continua “em análise”

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“Face à inexistência de qualquer programação orçamental, encontra-se atualmente em análise a calendarização específica de cada um dos troços”. É esta a explicação do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas para a incógnita que persiste sobre o que vai ser feito para resolver o problema do tráfego na Estrada Nacional 14.

No mandato anterior, Pedro Passos Coelho apresentou, com pompa e circunstância, em Vila Nova de Famalicão, Trofa e Maia, uma solução “low cost”, que passava pela construção de uma nova via que ligava o Jumbo da Maia à nova estação de comboios da Trofa e daí até Lousado, junto à zona industrial onde está situada a Continental Mabor, incluindo a construção de uma nova ponte sobre o Rio Ave.
O processo prosseguiu, com a abertura de concursos para a elaboração do projeto e para a contratação de serviços de Fiscalização, de Controlo de Qualidade e de Coordenação de Segurança e Saúde da obra, mas com a mudança de executivo no Governo, pouco se sabe da intenção de prosseguir com esta empreitada.
O NT tentou saber, junto do Ministério, qual o ponto de situação do projeto “low cost”, a que Pedro Passos Coelho chegou a dar o nome de “Circular da Trofa”, mas da tutela não há dados concretos. Apenas é dada a garantia que a “construção de uma variante à EN 14, assim como as obras de beneficiação dos troços conexos da referida infraestrutura, estão consagradas no Plano de Intervenções de Rede – Rodovia (PIR), da Infraestruturas de Portugal”. Mas sobre datas não há nenhuma informação.
A posição do Governo pouco tem alterado com o passar do tempo. Ainda no início de maio, o Ministério afirmava estar “a analisar esse dossiê no quadro das condicionantes económico-financeiras que são conhecidas e tendo em conta que o atual ciclo de fundos estruturais europeus não contempla o investimento em infraestruturas rodoviárias”.
Certo é que a obra apresentada por Pedro Passos Coelho devia ter avançado ainda no verão de 2015.  Avaliado em “36 milhões de euros”, este projeto vinha substituir a variante, projetada há quase 20 anos e orçada “em 190 milhões”, que o antigo governante considerava exagerada do ponto de vista orçamental.
O autarca que mais tem tentado manter o tema na ordem do dia é Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, que ainda na segunda-feira, em Lousado – em visita ao Grupo VNC, detentora da Tiffosi, – mostrou-se confiante na prossecução do processo de construção de uma alternativa à EN 14 e recusou acreditar que “um qualquer Governo deste País vire as costas a esta região”. “Acho que um território como este, que tem contribuído tanto para o fortalecimento da capacidade exportadora do país, que tem sido o maior responsável para a revitalização do têxtil em Portugal e que tem contribuído tanto para a diminuição da taxa de desemprego e para a captação de jovens qualificados, merecerá um cuidado especial de quem nos governa hoje e de quem nos governará no futuro”, frisou.
Já esta quinta-feira, 30 de junho, António Costa, em visita a Lousado para apadrinhar o novo investimento de 50 milhões de euros da empresa Continental Mabor, deixou os famalicenses com esperança, referindo que “depois destes 30 anos de presença na União Europeia nos ter permitido recuperar o atraso brutal que tínhamos nas macro infraestruturas, temos agora que concretizar aquele investimento de last mile (último quilómetro) que falta aqui em Lousado”. “As macro infraestruturas são perfeitas, fizeram um grande trabalho, mas é necessário melhorar as infraestruturas de proximidade para garantir a eficiência”, referiu o primeiro-ministro.
A Estrada Nacional 14 é atravessada, diariamente, por cerca de 30 mil veículos, 20 por cento dos quais pesados. Só a Continental Mabor coloca a circular na rua cerca de 400 camiões por dia.

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