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Edição 583

Breves notas sobre o Brexit

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1-Ainda a recuperar do Brexit, a Europa prepara-se para tentar lidar com esta nova realidade que não tem precedentes. Embora ninguém saberá afirmar com certeza como será a Europa daqui a um ano, as consequências políticas começam agora. Assustadoramente, assistimos ao ressurgimento dos populismos, do nacionalismo, do racismo e da xenofobia, e no caso do Reino Unido, uma ideia mental do voltar a um império presente em alguns apoiantes da saída. Esta argumentação perigosa tem origem numa direita inglesa que ainda chora por Margaret Thatcher, a mesma que levou a cabo políticas nos anos 80 com consequências graves, como por exemplo, a desindustrialização ou a famosa luta contra os sindicatos mineiros – políticas que tiveram continuidade com Major e Blair. O que importava era quebrar a espinha.
2- Pior mesmo está a ser a resposta da União Europeia (UE) a estes novos cenários. Em vez de tentarem analisar as verdadeiras motivações para esta recusa de pertença, a UE opta por criar uma resposta vinda do grupo dos puros, os 6 membros fundadores, como se neste processo existissem países de primeira e de segunda. Ao menos desta vez não disfarçaram ao mostrar quem manda e quem é mandado. Parece que ninguém está a perceber nada do que realmente se está a passar. Bem, pelo menos um parece saber muito bem o que se passa: aí está Durão Barroso na Goldman Sachs. O que não vale a informação privilegiada!
3-Como não mandamos, somos mandados, ou melhor, castigados. Por estes dias, pesam nas nossas costas castigos, punições, ameaças, chantagens – a continuação do estado de medo e culpa. Não é hora de referendos, que em última análise podem levar a uma legitimação das sevícias, mas sim uma discussão que urge sobre os tratados, a moeda única e as suas reais consequências para o povo português.
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