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Ano 2009

SIM, É POSSÍVEL.

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Socorrendo-me da frase que ultimamente vem surgindo como dinamizadora das campanhas da CDU da autoria de Jerónimo de Sousa, chamo à colação assunto que não releva do interesse da comunicação social nem dos nossos fantasiosos e parciais julgadores políticos.

Mas…sim, é possível…um partido comunista e alguns aliados, numa perspectiva de poder, governar, e governar bem. Claro que quando isto refiro, quero dizer desenvolver políticas a favor do povo, dos trabalhadores, por mais emprego, melhores salários, mais justiça e mais igualdade. Ora, apesar dos silêncios, exclusões e omissões de quem tinha a obrigação do informar, mas não quer, ou não pode fazê-lo, venho demonstrar através do método comparativo, que um partido comunista é também um partido de poder e que pode governar bem. É precisamente isso que acontece num Estado da União Europeia. Desenganem-se aqueles que pensam que os partidos de esquerda, nomeadamente os partidos comunistas são apenas partidos de oposição e que não sabem governar. Sendo certo que, se alguns trogloditas meios analfabetos e burlescos pensam ser possível viver-se num jardim de flores de uma só cor alaranjada, não se permitindo outra matiz, salvo alguma condescendência em relação à azul ou rosa, mas proibindo-se veementemente a coloração vermelha, verifica-se também algum consenso científico que consigna a dominação vermelha em terra democrática, com mais direitos e melhor qualidade de vida. É assim no Chipre. O pequeno país europeu mediterrâneo. Membro da EU é orientado há mais de um ano pelo governo de Demetris Christofias, presidente da República, ex-secretário geral do Partido Comunista – AKEL – que, sem deixar de ser membro do Comité Central, foi substituído no cargo de secretário-geral. Recentemente, nas eleições europeias o AKEL – Esquerda – Novas Forças, uma espécie de CDU portuguesa alcançou o resultado eleitoral de 35 %, mais 7% que em 2004 e mais 3,5% do que havia obtido nas legislativas de 2006, contra a vontade óbvia de Alberto João. Foi um dos raros partidos no governo que nas eleições europeias conseguiu aumentar a sua votação. Do ponto de vista partidário o êxito deve-se aos laços e relações que o AKEL, apesar de estar no poder, mantém com o povo, sobretudo com o povo trabalhador; ao árduo trabalho político e organizativo da direcção, dos quadros e dos militantes; às listas de candidatos que incluíam figuras prestigiadas do partido e das forças aliadas. Mas dever-se-á sobremaneira à forma correcta, responsável e patriótica como o presidente da república tem tratado o problema do Chipre e indubitavelmente à governação, bem sucedida e no interesse do povo, incrementada pelo presidente Christofias e pelo governo de esquerda do partido comunista e seus aliados, a que não é estranho este facto indesmentível e exclusivo em toda a União Europeia: O Chipre é o único país cujo Produto Interno Bruto está a aumentar, com baixas taxas de desemprego e da inflação.

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Claro que este facto passa despercebido, premeditadamente, digo-o eu, àqueles que pretendem dominar o pensamento de todos e que, hipocritamente, dizem defender a liberdade e a democracia. Esses mesmos, que condenam Hugo Chávez da Venezuela e esquecem-se de condenar o golpe fascista que em 28 de Junho ultimo, financiado pela oligarquia e pelas multinacionais estado-unidenses e com o apoio de militares ligados à CIA e ao Pentágono, derrubou o presidente legitimamente eleito em 2005 nas Honduras, para instalar um clima de repressão e de medo que já conta com 6 assassinatos e mais de 1500 detenções ilegais. No fundo, são os mesmos que, com pequenas variações, pretendem acabar com os partidos comunistas, ou encerrar a democracia por seis meses.

Mas o AKEL – Esquerda – Novas Forças, no poder no Chipre, é a prova viva de que é possível governar à esquerda, aumentando-se a produtividade, valorizando-se o trabalho, com mais segurança social, com mais democracia e com mais liberdade. O partido comunista de Chipre é a prova provada de que existe um outro pensamento e um outro caminho. Esse caminho também é possível em Portugal. Com a CDU, claro. Sim, é possível.

Guidões, 8 de Agosto de 2009.

Atanagildo Lobo.

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