A relação que quero entre a Trofa e o Rio Ave: um novo rumo para a qualidade de vida

Estimados leitores, a Trofa é um concelho com identidade própria, dinâmico, onde o desenvolvimento urbano exige agora um novo passo: dar prioridade à qualidade de vida. Num tempo em que as cidades se reinventam, também nós temos de olhar com ambição para os recursos naturais e sociais que nos definem — e o Rio Ave é central no nosso projeto de colocar a Trofa em Primeiro.

Virar a cidade para o rio é mais do que um slogan: é uma estratégia de bem-estar, sustentabilidade e coesão. Por isso, queremos dar continuidade à expansão do Parque das Azenhas, que hoje já é um espaço de referência, mas cujo potencial está longe de esgotado. A nossa ambição é prolongá-lo, de um lado até Lousado, e no outro, até Guidões, dando assim cumprimento a um desejo e um sonho de avançarmos em direção ao limite do concelho, com o objetivo de, em articulação com a Câmara Municipal de Vila do Conde, criar uma ligação entre os dois concelhos pelas margens do Rio Ave — um verdadeiro corredor ecológico e humano.

Esta ligação não será apenas paisagística. Queremos instalar, ao longo do parque, equipamentos de restauração, como cafés com esplanadas, restaurante(s), que devolvam vida ao rio e o transformem num destino de lazer diário. Além disso, o rio será também espaço de movimento: vamos apostar na prática de desportos náuticos como forma de dar nova dinâmica ao território e atrair novos públicos, novos hábitos, novas oportunidades. Atrair associações com que queiram dinamizar a prática de canoagem é uma das soluções que vamos procurar. O Rio Ave tem de deixar de ser um cenário distante e passar a fazer parte do quotidiano das nossas famílias.

Mas tudo isso só será possível com um rio saudável — e por isso a despoluição do Rio Ave será uma prioridade incontornável. Este esforço começará nos pequenos cursos de água que nele desaguam, dentro do nosso concelho. Os ribeiros são como veias que alimentam o corpo do rio, e é a montante que temos de começar a regeneração. Esse compromisso ambiental será assumido com seriedade e ação. Estaremos atentos, exigentes e persistentes nesse processo, envolvendo também as escolas, as associações locais e a comunidade científica para que todos possam contribuir.

Estimados leitores, cada freguesia da Trofa deve sentir-se parte ativa deste projeto. Os espaços verdes e de lazer são investimentos em saúde física e mental, em relações humanas, em orgulho coletivo. Um parque onde se corre, um banco de jardim onde se conversa, uma esplanada onde se partilham ideias — é aí que começa uma cidade mais feliz. Vamos criar percursos acessíveis, com mobiliário urbano de qualidade, zonas de sombra, espaços intergeracionais e pontos de observação da natureza.

Vamos também reforçar a segurança, não apenas no Parque das Azenhas, mas em todos os novos espaços que criaremos, e nos espaços públicos mais frequentados por todo o concelho. Uma cidade mais viva deve ser também uma cidade mais segura, onde as famílias possam usufruir dos seus espaços públicos com tranquilidade e confiança. Para que as pessoas voltem aos parques, é essencial que se sintam protegidas e bem acolhidas em cada recanto — com iluminação adequada e patrulhamento regular.

Paralelamente, estaremos na linha da frente no que toca a candidaturas a fundos comunitários, para que cada euro investido seja potenciado com o apoio europeu. Queremos uma Trofa que progride com base em escolhas estratégicas, bem planeadas e com financiamento sustentável. Os projetos que temos pela frente são ambiciosos — e é com ambição, rigor e trabalho em rede que vamos concretizá-los.

A Trofa que se sonha é uma Trofa de margens vivas, de comunidade reunida e de natureza reencontrada. E esse caminho começa agora, junto ao Ave, colocando sempre a Trofa em Primeiro.