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Edição 779

? Com ajuda do robot Kubo, alunos da Escola do Castro reveem a matéria dada na sala de aula

A partir do robot Kubo, os 60 alunos agora a frequentar o 6.º ano da Escola Básica do Castro, em Alvarelhos, tiveram o primeiro contacto com a programação e pensamento computacional.

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Dinis Sousa não escolhe meias-palavras para descrever o que sentiu quando o professor António Monteiro lhe apresentou o projeto “Robot Quiz”. Então no 5.º ano de escolaridade, o jovem achou “um bocado estranho, porque nunca tinha ouvido falar daquilo”. O “aquilo” era robótica e programação. O desafio era ambicioso, intimidante até, mas revelou-se um projeto ganhador.

A partir do robot Kubo, os 60 alunos agora a frequentar o 6.º ano da Escola Básica do Castro, em Alvarelhos, tiveram o primeiro contacto com a programação e pensamento computacional. Como? “O Kubo funciona com umas TagTiles, que são uns chips de programação (que não requerem software), e através delas tem de percorrer um determinado percurso em cada tabuleiro que os alunos desenharam. Há um tabuleiro para a disciplina de Português, Inglês, História, Matemática, Ciências e uma outra dedicada às expressões artísticas. Aí, cada equipa tem de fazer a programação do robô, através dos chips correspondentes à função de avançar, virar à esquerda e virar à direita, para que ele se desloque sozinho do ponto A ao ponto B. Em cada um desses pontos, há cartas com perguntas de escolha múltipla acerca da respetiva disciplina. Vence a equipa que conseguir programar mais rápido e evitar penalizações de tempo por respostas erradas às perguntas”, explicou o docente e mentor do projeto António Monteiro.
Além das “luzes” de programação a que os alunos têm acesso, este projeto concede ainda mais vantagens. O “trabalho em equipa” foi repetido pelos alunos ouvidos pelo NT, assim como a oportunidade de rever o conteúdo programático das diferentes disciplinas. “Este projeto ajudou-me, de forma brincalhona, a relembrar a matéria do ano passado”, confessou Dinis Sousa. Já a colega de turma Joana Sousa evidenciou a importância dos “trabalhos de grupo” para elaborar os tabuleiros e as cartas de jogo.

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O “Robot Quiz” começou no âmbito dos Domínios de Autonomia Curricular e se há dúvidas quanto à sua aplicabilidade, António Monteiro desfaz com o exemplo de um aluno, com histórico de mau comportamento e desinteresse escolar, que foi “dos que mais se envolveu no projeto”. “Afeiçoou-se às ferramentas, tinha um cuidado extremo na sua organização e a verdade é que foi dos que aprendeu a programar mais rapidamente. Fora do contexto do projeto, notou-se que melhorou a sua postura durante na sala de aula”.
Para reforçar a ideia, o aluno Afonso Silva afirma que estamos perante um “bom projeto, inovador, que incentiva a estudar”. A seu lado, o colega Eduardo Rodrigues é perentório a afirmar que a robótica é, agora “um tema que interessa” explorar.
Depois da primeira fase, o “Robot Quiz” avança para uma nova etapa. A partir de janeiro, os alunos vão elaborar novas cartas de jogo, agora com a matéria curricular do 6.º ano, e repetir a competição inter-turmas para “ver se conseguem bater os tempos anteriores”.

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