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Edição 499

Cai neve em Nova Iorque. E faz sol no meu país?

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Lisboa, aeroporto da Portela, 22:12 (horas locais), dia 21 de novembro de 2014, voo da Air France proveniente de Paris, todos os passageiros aterraram em segurança, inclusive o nosso ex-primeiro-ministro Engenheiro José Sócrates, que tinha uma vasta comitiva da judiciária para o receber, e lhe prestar todas as mordomias. Como se de um fenómeno da natureza se tratasse, fez-se sol à noite no meu país!
Presumo-lhe inocência, como a todos os que tenham de passar por semelhante vergonha, mas não ponho as mãos no fogo! Caso Freeport, licenciatura na Independente a um domingo, compra das casas da mãe, Face Oculta, TVI, Taguspark, Monte Branco, escutas, escutas e mais escutas…
Pese embora queira poupar a minha mão de uma queimadura de 3.º grau, não posso deixar de pugnar pelos princípios de um estado de direito, assente na separação dos poderes e no respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos. Só em julgamento, não público, mas pelos tribunais, lhe poderá ser declarada a culpa e daí consequências maiores, por isso solidarizo-me:
“Tou contigo, Zé, é injusto! Mas sabes, pá, o problema é que, eras tu que ditavas as leis, mesmo aquelas que sustentam a tua acusação! Sabes que isto das “comadres” dá sempre pró torto, (devias ter ouvido o povo que é o melhor filósofo!), quando elas se zangam, descobrem-se as verdades, certo Zé? Mas obrigado, pá, sabes como é, os “vistos gold” mexeram com a malta que está lá e o “arco da governação” parte-se. Nem tu estavas à espera?! Compreendo, Zé, és sempre o primeiro! Desta vez, o primeiro detido, não quando estás em fuga do país, mas quando estás de regresso! Deixa lá, podia ter sido pior! Podia ter sido num domingo à noite (afinal quem investigou durante um ano podia ter esperado mais dois dias…), e era pior se fosse em direto no teu programa da TV, com a audiência de um domingo!
Sabes Zé, o povo confiou e fica desiludido! Corrupção é a pior troca que podes dar a quem confiou em ti (a ser verdade), é o ato ou efeito de se corromper, oferecer algo para obter vantagem em negociata, onde se favorece uma pessoa e se prejudica outra. É tirar vantagem do poder atribuído. Ninguém age sozinho, é sempre com mais alguém e depois, basta investigar a montante ou a jusante e esclarecer, o que é sempre bom para todos.
Temos um país endividado, com perda de soberania e com obras desadequadas às necessidades dos cidadãos: o excesso de Autoestradas e a falta de pontes rodoviárias, por exemplo na Trofa, o excesso de estádios de futebol, a má distribuição das infraestruturas escolares, a falta de hospitais em zonas menos urbanas, etc, etc, etc.
Sabes Zé, também é preciso sol na minha terra, a Trofa! Já cá estiveste, lembras-te dela?
Somos um concelho que fez agora dezasseis anos, ainda não atingimos a maioridade, e já temos uma dívida de mais de 60 milhões de euros e pior Zé, sabes o que nos compraram? Dou-te um exemplo: um parque das “Azenhas” que já custou mais de 2 milhões de euros, além de estar inacabado, tem os passadiços desmanchados, os passeios esburacados, os candeeiros tombados e as silvas já dominam a paisagem! Foi inaugurado em setembro de 2013 (o ano passado!), sabes bem o que são inaugurações, não é, Zé? Tudo à pressa e agora a culpa é do caudal do rio Ave, que já lá está muito antes de todos nós termos nascido! Era só aproveitar a sabedoria dos mais velhos que, sem grandes estudos ou formação, já sabiam que isto aconteceria!
Pergunto agora, para que foi a obra? Para trazer insegurança aos trofenses que por lá passeiam? Para trazer dificuldades de governação, a quem vai ter de zelar permanentemente pela obra? Só sei que o rio a levou e a dívida ficou e, não há responsáveis?
Xau, Zé! Saudações ao Vara, ao Duarte, ao Palos, à Lurdes, à malta do BPN e do BES, se os vires por aí.”

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