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Edição 551

“Virou um camião no Catulo… Para Santo Tirso”

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João Pedro Costa

Lembro-me muitas vezes de ter ouvido, em tom de brincadeira, a expressão “virou um camião na rotunda do Catulo”, a que se seguia algum suspense e acrescento “virou, virou, virou para Santo Tirso”. Foi pois, pensando que se tratava de uma brincadeira, que fui abordado na passada segunda-feira, dia 14 de dezembro, ao final da tarde, com esses mesmos dizeres “virou um camião no Catulo”. Pensei que se tratava de uma piada e sorri, mas não, de facto tinha mesmo virado um camião no centro da cidade da Trofa e mais grave do que isso, esmagando uma viatura! Por bênção natalícia, a sua condutora saiu ilesa. O perigo esse continua lá, ignorado pelo Sr. Doutor, pelo Sr. Engenheiro e pelo Sr. Arquiteto, mas não pelo trofense e por todos aqueles que são obrigados a utilizar as infraestruturas.
O caso torna-se ainda mais grave quando passaram menos de 30 dias sobre a inauguração dos Parques, Nossa Senhoras das Dores e Dr. Lima Carneiro, que custaram mais de 6 milhões de euros e cuja festa de inauguração ascendeu a 120 mil euros, para contentamento não se sabe muito bem de quem! As dúvidas essas dissipam-se rapidamente, o espaço apresenta defeitos, muitos defeitos e graves, quer de conceção, quer de construção!
São mais de sete os pecados mortais que enfermam o novo ex-libris da Trofa, de onde no dia da inauguração se destacou uma inacabada concha acústica (palco), que deveria estar totalmente pronta até ao final do mês de setembro, como aliás todo o Parque, mas que por inércia de alguém já fez os cofres do município perderem mais 200 mil euros, da verba financiada por fundos comunitários, como foi amplamente noticiado nos meios de comunicação social nacionais. Para esconder o insucesso nada melhor que montar um palco ainda maior e puxar os holofotes para o Mickael Carreira.
Da parte da Câmara Municipal da Trofa silêncio completo relativamente aos incumprimentos e aos prejuízos que se avolumam para os trofenses. Desistiram mesmo de argumentar que “a culpa é do construtor “ou de Joana Lima “por entregar a obra à empresa que apresentou o 5º preço mais alto no concurso público”. Afinal, o mandato já vai a meio e passaram mais de dois anos, tempo suficiente para fazer o que está bem e desfazer o que está mal, ou não é essa a função de um executivo? O crivo do Tribunal de Contas pronunciou-se favoravelmente quanto à regularidade da adjudicação, ainda no início de 2013 (antes do ato eleitoral), ao mesmo tempo que desde dessa data a situação financeira da Câmara Municipal da Trofa mercê do aumento de impostos em quase 2 milhões de euros se apresenta equilibrada, afinal qual é o problema?
Decisões políticas que cabe a Sérgio Humberto justificar, como por exemplo, a de que o principal rosto das obras na Trofa, desde a criação do concelho, o arquiteto António Charro, tenha sido por si promovido logo no início do seu mandato de “Chefe de Divisão Planeamento e Urbanismo” ao cargo de “Diretor de Departamento de Administração do Território do Município da Trofa”, tornando-se ainda mais poderoso do que já era no tempo de Bernardino Vasconcelos ou Joana Lima!
Porque esperam estes decisores para “emendar a mão” e corrigir os erros que eles próprios cometeram? Afinal, vivemos uma complicação acrescida para quem quer ter acesso às restantes artérias da cidade, provocado por um projeto de requalificação de um espaço novinho a estrear…

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