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edição 553

Silêncio que se vai contar a história da fadista

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Paula Canossa nasceu para o fado na Trofa, quando decidiu combater a timidez e enfrentar um público. Nunca mais abandonou a música e em 2016 vai gravar novo disco.

Cresceu em seio musical, ora na casa do avô materno onde o fado era sagrado, ora no acompanhamento à mãe e avô, vocalistas no Rancho de S. Pedro de Rates, na Póvoa de Varzim. Apesar das raízes profundas na música, Paula Canossa só nasceu para o fado há pouco tempo, em 2011, quando decidiu desafiar a natureza tímida e retraída para abraçar as plateias que a acompanham e enchem os locais por onde destila “pequenos pedaços da alma, sentimentos e estado de espírito”. Foi em 2011, que esta trofense de gema, crescida no Castêlo, aldeia de S. Martinho de Bougado, decidiu entregar-se à vocação. “Soube que um vizinho meu, o senhor Joaquim Oliveira, participava e organizava umas tertúlias fadistas e perguntei se podia assistir e, quem sabe, cantar. E foi assim, ao ouvir a guitarra e a viola, que a curiosidade de cantar fado foi crescendo”, contou, em entrevista ao NT.
A primeira atuação foi na Casa da Cultura da Trofa, em setembro de 2011, e o coração ficou arrebatado ao “ouvir o público” a acompanhar as músicas e a aplaudir. “Não há melhor sensação no mundo”, confessa.
Rapidamente, a voz deu que falar e ultrapassou as fronteiras concelhias. Começou a ser solicitada por casas de fado do Porto e, depois, em restaurantes em Viana do Castelo. Hoje, os dedos das duas mãos não chegam para contar os locais onde já atuou: Casa da Mariquinhas, Janelas do Fado, Cantinho da Teresinha, passando ainda por auditórios e eventos particulares. Em agosto, cantou no Largo das Almas, em Viana do Castelo, numa atuação que lhe ficou retida pela “moldura humana fantástica”.
Paula Canossa dá a voz por causas solidárias, como foi o caso recente do jantar a favor da AUAUA (Associação Um Animal Um Amigo), onde atuou e arrebatou a audiência.
Amália Rodrigues é a “maior referência” de Paula Canossa, seguida de “Maria Teresa de Noronha, Ana Moura, Raquel Tavares, Fernando Farinha e Ricardo Ribeiro”. Os poetas são “David Mourão-Ferreira e José Carlos Ary dos Santos” e os compositores “Jorge Fernando e Alain Oulman”.
Apesar de ter nascido para a música no concelho, atualmente, não sente o reconhecimento da terra natal, apesar de “ter feito questão” de lançar o trabalho discográfico em S. Martinho de Bougado. “Chega ao ponto de pessoas que gostam de me ouvir terem de se deslocar a outras terras, pois muito raramente canto na Trofa”, referiu. Mesmo assim, a esperança persiste: “Vamos ver se o novo ano que se avizinha traz novidades por cá”.
Dois mil e dezasseis é um ano importante para a fadista, que está a preparar o novo trabalho discográfco, que contará com a participação de “nomes sonantes do panorama artístico da música portuguesa”.

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