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Edição 572

Sérgio Humberto na senda de Joana Lima

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Por altura da campanha eleitoral para as Autárquicas de 2013, criei, em conjunto com a minha amiga Silvéria Miranda, o blogue …e a Trofa é minha. Nas semanas que antecederam o acto eleitoral, a obra do Parque das Azenhas foi um dos temas mais quentes e aquele que mais curiosos atraiu para a nosso espaço. Resumidamente, foram emitidas opiniões, da minha parte como da Silvéria, sobre a forma como a empreitada estava a ser conduzida, nomeadamente a inauguração em cima do joelho sem que o parque estivesse pronto, num gesto só compreensível à luz de motivações estratégicas e eleitoralistas do executivo socialista, que apresentou aos trofenses uma obra incompleta para António José Seguro ver. O piso não chegava sequer à Barca, não havia um único banco ou balde do lixo, os postes de iluminação estavam no chão e a arborização deixava muito a desejar.
A poucos dias do acto eleitoral, as críticas absolutamente legítimas que foram feitas geraram mau estar entre alguns socialistas e simpatizantes, com acusações de estarmos a soldo do PSD à mistura e um conjunto de insultos e ameaças da parte de um dos elementos integrantes da lista do PS à CM da Trofa. Volvidos quase três anos, pouco mudou. E não, não me refiro àqueles que então elogiavam e partilhavam o nosso trabalho nas redes sociais, muitos dos quais nos acusam hoje de estar a soldo do PS. Refiro-me à obra de união dos parques, inaugurada há quase meio ano, que tal como o Parque das Azenhas foi inaugurada estando ainda incompleta e rodeada de insuficiências. Sérgio Humberto decidiu inaugurar o novo parque com toda a pompa e circunstância que um cheque de 120 mil euros permite, mas, tal como Joana Lima, fê-lo com uma obra incompleta, de onde se destaca a concha acústica, que seis meses após a inauguração continua por terminar.
O que leva um autarca a inaugurar uma obra incompleta? A meu ver a oportunidade. Joana Lima tinha as eleições à porta e precisava de algo em grande para apresentar aos trofenses. Sérgio Humberto queria deixar a sua marca na história da Trofa e encontrou uma excelente oportunidade de o fazer juntando uma inauguração há muito esperada com o Dia da Independência do concelho da Trofa.
Mas muito mais é o que une os percursos de Joana Lima e Sérgio Humberto do que inaugurações oportunistas. Tal como a sua antecessora, Sérgio Humberto parece apostado em deixar a requalificação das estradas do concelho para a recta final do seu mandato. Quem diariamente circula na EN14 ou na EN104 sabe bem do que falo. E nem vou entrar nas vias secundárias que atravessam as freguesias trofenses, algumas delas, como é o caso do Coronado, em estado absolutamente lastimável. Mas dois milhões de euros em ajustes directos mais tarde, o autarca trofense anunciou, na última Assembleia Municipal, um plano de requalificação para a EN104 e a E308, no valor aproximado de um milhão de euros. E é aqui que Sérgio Humberto descola de Joana Lima. É que ao passo que a agora deputada deixou as obras na via pública para os últimos meses antes das eleições, Sérgio Humberto teve a perspicácia de as anunciar um ano e meio antes, o que lhe dá tempo para concluir a obra antes do início oficial de uma campanha que me parece ter começado na referida assembleia. Ainda assim, eleitoralismos à parte, trata-se de uma excelente notícia. Pena ter demorado tanto tempo a concretizar.

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