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Ano 2012

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Ao terminar com a desclassificação de Hirvonen, a edição de 2012 do Vodafone Rally de Portugal foi a mais atípica dos últimos anos. Chuva, nevoeiro, provas anuladas e, principalmente, os candidatos à vitória a ficarem pelo
caminho. De forma oficiosa Mads Ostberg foi declarado vencedor e mais uma vez o trofense Jorge Carvalho conseguiu terminar a prova. 

O primeiro dia do Rali foi bastante atarefado para os pilotos que começaram com uma Super Especial em Lisboa que, mais uma vez, juntou milhares de espectadores em frente ao Mosteiro dos Jerónimos. Após grande disputa, Peter Solberg (Ford Fiesta WRC) suplantou toda a concorrência e tornou-se assim o primeiro líder do rali. Depois, a caravana do Mundial de Rallys rumou a sul para disputar três inéditas especiais noturnas que fizeram mossa a muitos pilotos.

O campeão Sebastien Loeb nem aqueceu ao desistir após uma violenta saída de estrada que deixou o Citroen DS3 WRC bastante mal tratado. Dani Sordo (Mini JCW WRC) “seguiu o exemplo” do seu excompanheiro de equipa e também desistiu ao sair de estrada. Mas, se o piloto espanhol conseguiu prosseguir em prova no dia seguinte ao abrigo do Rally 2, já Loeb foi obrigado a abandonar devido aos enormes danos no Citröen.

Quando se pensava que com a desistência de Loeb os homens da Ford iriam tomar as rédeas do rali, eis que na manhã de sexta-feira, em condições muito adversas devido à muita chuva e nevoeiro, Latvala e Solberg cometeram erros infantis e saíram de estrada, entregando de bandeja a liderança a Mikko Hirvonen (Citröen DS3 WRC). Este dia ficou ainda marcado pela anulação das especiais da parte da tarde devido a falta de condições de segurança. No sábado os homens da Ford voltaram em Rally 2, mas muito atrasados face à concorrência, mas ainda com possibilidades de entrarem no “top 10” e assim pontuarem. 

Se Solberg sem problemas no seu Ford e a imprimir um ritmo diabólico foi subindo na classificação, já Latvala, a par de inúmeros problemas mecânicos, terminou em 16º da geral, servindo de consolação os dois pontos conquistados na Power Stage.

O português Armindo Araújo nunca teve o seu Mini em perfeitas condições e realizou uma prova muito discreta até desistir no sábado à tarde com a suspensão partida. Ainda voltou no domingo em Rally 2, mas os problemas continuaram e afundou-se na classificação defraudando as expectativas dos milhares de portugueses que se deslocaram às classificativas.

No domingo, assistiu-se ao passeio de Hirvonen que apenas teve que levar o seu Citröen até ao pódio no Estádio do Algarve. Para terminar o rali houve ainda a Power Stage que tem a particularidade de atribuir pontos extra aos três primeiros. Aí o espanhol Dani Sordo que realizou uma prova soberba num ritmo simplesmente genial, não condizente com a sua classificação, fruto de inúmeros problemas no seu Mini, venceu a Power Stage e conquistou uns mais que merecidos três pontos.

Já após a consagração de Hirvonen dá-se o volte face. De início ainda se pensou que seria uma piada do dia 1 de abril, mas seis horas após a cerimónia do pódio rebentava a bomba, Hirvonen era desclassificado por irregularidades na embraiagem do Citröen. A marca apelou pelo que todas as classificações estão em suspenso. Assim Mads Ostberg (Ford Fiesta WRC) que realizou uma prova com muita cabeça sem forçar muito, subiu de 2º para 1º o que a confirmar-se a suspensão a Hirvonen será a sua primeira vitória no mundial de ralis. O russo Novikov, de apenas 21 anos, efetuou uma prova notável ao terminar em 2º da geral após um rali que não foi isento de problemas.

Quem saiu do Algarve com um sorriso de orelha a orelha, depois dos muitos problemas, foi Solberg que assim subiu de 4º para 3º. Quanto aos portugueses que disputam o CPR o melhor foi Pedro Meireles que na estreia do Mitsubishi Evo 10 R4 conquistou a totalidade dos pontos em disputa, batendo Ricardo Moura, campeão em titulo, que teve um rali para esquecer.

Destaque para o famalicense Miguel Barbosa (Mitsubishi Lancer Evo 9), que terminou as duas etapas em 2º e assim ascendeu à liderança do Campeonato de Portugal de Ralis. Por fim o trofense Jorge Carvalho que mais uma vez navegou o apresentador da RTP João Fernando Ramos. O objetivo era terminar a prova e isso foi conseguido de forma categórica dado às dificuldades acrescidas pela muita chuva que caiu e que deixou as especiais muito escorregadias e traiçoeiras. Chegaram ao fim muito também à custa da fiabilidade do novo Mitsubishi Evo 10. Terminaram em 29º da geral absoluta e em 5º entre as equipas portuguesas que terminaram a prova.

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Miguel Mascarenhas
Marco Monteiro

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