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Crónicas e opinião

Porque não se fala do futuro de Portugal?

Luis Filipe Moreira

Publicado

em

“O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente!”
Gandhi

Em campanha eleitoral decorreram múltiplos debates políticos, de grandes audiências e sound bites. Debatidos: TAP, SNS, aeroporto, impostos, salários, mínimo e médio, Chega, direita, esquerda, centro. Mas e o futuro de Portugal e seus problemas estruturais?

Destaco: como inverter o envelhecimento da população? Como contrariar o decréscimo populacional? Como impedir a desertificação de Portugal? Como combater a seca e escassez de água? Como lidar com alterações climáticas? Saúde: como prevenir o crescimento das doenças crónicas?

Caro leitor, alguém abordou o potencial económico estratégico da Economia do Mar? Alguém se mostrou preocupado em promover um desenvolvimento agrícola competitivo, a par de uma aposta estratégica na reforma florestal? Alguém falou em estratégias de prestação de serviços adequados a uma população envelhecida?

Lembra-se? Caro leitor, lembra-se destes assuntos em debate? Nos programas eleitorais, caso tenha lido, acedeu a esta informação? E os seus deputados eleitos, conhece-os? O que pensam eles acerca disto?

Caro leitor, será que discutindo agora pouco o futuro de Portugal, estaremos a comprometer muito o nosso futuro? Estaremos pela nossa inércia a limitar opções futuras? Que país teremos em 2030?

Que futuro para Portugal?

Será que iremos continuar com um crescimento moderado pós-pandemia e continuar dependentes dos fundos europeus? Serão, finalmente, implementadas reformas, sérias e de regime, na Justiça, Educação, Habitação, Transformação digital da administração pública, Gestão ambiental, Regionalização? Será desta?!

Haverá ambição em desenvolver uma economia moderna? Será que queremos mesmo o aproveitamento eficaz de recursos hídricos, com produção de energia focada no setor renovável? Será que queremos mesmo um Portugal competitivo, moderno, diferenciado? Se sim, como iremos atrair os nossos jovens, o seu talento?

Mas afinal, caro leitor, o que é estratégico para Portugal?

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Pense no partido em que votou? O que era defendido no seu programa eleitoral? Sabe? Conhece? Teremos nós em 2024 e 2025, uma nova dinâmica que permita ultrapassar as limitações de sermos pequenos e periféricos? Conseguirá o próximo Governo da República a reduzir o elevado endividamento externo? Apresentará soluções para rejuvenescer a população portuguesa? Será um Governo para o Futuro? E para todos? Que agenda para a década? Conhece-a?

A 10 de março tudo se clarificou, ou nem por isso? Como será o próximo Governo de Portugal? Composto pelos líderes mais competentes e experientes do País, independentes e não político-dependentes?

Sim, necessitamos de um Governo da República que faça escolhas estratégicas, tomadas não de forma individual, mas sim integradas, em acordos de regime que garantam estabilidade e coerência temporal, numa visão consistente para um Portugal com Futuro!

Mas que futuro terá Portugal, possivelmente com menos dois, dois milhões e meio de pessoas daqui a 40 ou 50 anos?

Que futuro terá Portugal quando se verifica um défice claro de políticas públicas de coesão do território? Resolverá quem vier a seguir?

Caro leitor, no Parlamento português os deputados, os seus partidos, terão todos que se entender, articular, cooperar, em prol do futuro de Portugal! Se não se entenderem, será uma desgraça para este país! Falou-se muito em mudança? Mas, que mudança?

Caro leitor, agora pense!

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