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Memórias e Histórias da Trofa: Os arranjos urbanísticos dos anos 20 em S. Martinho de Bougado

“Praticamente 100 anos passaram e os grandes problemas da Trofa mantêm-se no que respeita à falta de habitações, fundamentalmente em períodos de grande crescimento populacional e também de desenvolvimento económico.”

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A freguesia de S. Martinho de Bougado até à chegada do comboio cinquenta anos antes da data anunciada no título deste artigo, iria sofrer profundas mudanças na sua área urbana, rapidamente os verdes campos iam ser substituídos pelo cinzento das construções.
Na leitura das várias atas das assembleias de freguesia na década de 1920 assistimos à preocupação em realizar várias obras, algumas delas bastantes minimalistas, mas, fundamentais para a vivência da sua comunidade.
O simples alinhamento de construções é uma constante, tentava-se evitar o caos e trazer alguma “paz” arquitetónica à sua população.
Algumas das obras eram realizadas pelo executivo da freguesia em suas propriedades como a construção de um muro num dos seus vários terrenos que ficava junto da estrada que ligava a Trofa até Covelas, sempre respeitando o espaço público.
Novas habitações também iam surgindo, sobretudo no centro da localidade, nas proximidades do Bairro da Capela que eram aprovadas por unanimidade as suas construções, estamos possivelmente perante umas das consequências do crescimento populacional em virtude da industrialização.
Na prática se analisarmos os vários pedidos de autorização de construção, rapidamente é percetível que a maioria desses pedidos acontecia no referido centro urbano, fundamentalmente no Castêlo, Bairro da Capela, extensível também aos acessos até Covelas, tornando claro as dinâmicas urbanas deste concelho.
Os terrenos com projetos industriais também iam surgindo, afirmando-se que a Trofa já era conhecida por todo o país e até mesmo no estrangeiro,
Um deles era na conhecida fábrica de chapéus, segundo unidade industrial a fixar-se neste território que o seu proprietário, esperando que o seu exemplo seguisse outros daquela área a cederem partes do seu terreno para a construção de novos arruamentos a servir o lugar de Paradela.
Estamos possivelmente a referir o nascimento de arruamentos importantes como o Avenida de Paradela, numa área fortemente pressionada pela pressão imobiliária, em que a população tal como fora referido anteriormente não parava de aumentar e havia, escrevia o escrivão, falta de habitações para tanta gente.
Discutia-se a mobilidade dessa pressão para próximo do terreno da Senhora das Dores, que eram terrenos que estavam quase incultos e poderiam ser vendidos em hasta pública,
Por fim, praticamente 100 anos passaram e os grandes problemas da Trofa mantêm-se no que respeita à falta de habitações, fundamentalmente em períodos de grande crescimento populacional e também de desenvolvimento económico.

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