quant
Fique ligado

Edição 609

Memórias e Histórias da Trofa: A tragédia na Santa Eufémia

Avatar

Publicado

em

As Festas em Honra de Santa Eufémia realizadas na freguesia de Alvarelhos, num passado não muito recuado eram das maiores romarias do nosso concelho, chegando-se inclusivamente a escrever que era a peregrinação mais concorrida, vindo pessoas de todos os concelhos das redondezas.
Onde existe grande concentração de pessoas em clima festivo, em que as típicas barracas de comes e bebes eram presença habitual, convidando a beber e por vezes acabava em excesso e consequência dessa demasia as habituais zaragatas.
Para garantir a ordem no espaço festivo era comum as autoridades administrativas locais pedirem a presença de vários efetivos da guarda para zelar pela normalidade da situação.
Nas festividades de 1896 não foi exceção, chegado o mês de setembro uma nova festa ia ocorrer, requisição de agentes e respetivo comandante que iria ficar hospedado nos dias que decorriam as festividades num quarto privado, desconhecendo a sua localização.
Ser comandante tem as suas vantagens, um praça é requisitado para limpar o seu quarto, uma ordem que foi prontamente aceite e respeitada.
A tragédia aconteceu passado pouco tempo depois, enquanto o praça limpava o quarto do seu superior, asseio esse que ocorreu no primeiro dia da festa, no sábado. A festa estendia-se até segunda feira.
O relógio estaria próximo das cinco horas da tarde, o militar nas suas lides da limpeza, de forma descuidada, não sabendo grandes pormenores, apenas segundo os relatos que “…foi sem querer…”, terá acionado a arma do seu comandante e a mesma disparou.
O projétil terá saído da arma, indo trespassar um dos vidros da janela do quarto onde estava e no exterior terá atingido uma romeira no seu crânio.
A romeira era de “Vallazares”, referindo-se à atual localidade de Balazar, era jornaleira, solteira com 50 anos e a morte foi causada pelo disparo conforme revelou dias depois a autópsia. No momento em que foi atingida não terá dito nenhuma palavra, acabou por morrer sem ter qualquer tipo de reação.1

1 O texto foi escrito com base do relato da imprensa escrita de Santo Tirso, do artigo do Jornal de Santo Tyrso de 29.09.1896, intitulado “Romaria de Santa Eufémia – vítima de um desastre” pag.2

Continuar a ler...
Publicidade

Edição Papel

Vê-nos no Tik Tok

Comer sem sair de casa?

Facebook

Farmácia de serviço

arquivo

Pode ler também...