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Edição 450

Mais de 500 candidaturas para a fábrica que se vai instalar na Trofa

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Mais de 500 pessoas já apresentaram candidatura para agarrar um posto de trabalho na nova unidade fabril que se deve instalar na Trofa “em janeiro”.

Janeiro é o mês “previsto” para a “instalação” da Opportunity  Fabrico e Comércio Têxtil, Lda na Trofa, que inicialmente pretende empregar “250 pessoas”. A unidade fabril pertence a uma empresa francesa, que vai deslocalizar parte da produção da Tunísia para um pavilhão localizado na Rua do Poente, em Santiago de Bougado.

Luís Cameirão, representante jurídico da empresa, explicou em declarações ao NT que a intenção dos proprietários é recrutar um total de “400 trabalhadores” ao fim de três anos de laboração. Neste momento, já chegaram à Câmara Municipal e ao email criado para efeito “mais de 500 candidaturas”.

O advogado, do gabinete António Vilar, Luís Cameirão & Associados, que “está muito vocacionado para a internacionalização de empresas”, afirmou que tentou atrair a Opportunity para a Trofa “em função da sua tipologia” (indústria têxtil) e “pelo alto teor de empregabilidade que comportava”.

No entanto, salvaguardou, “não foi fácil” convencer os investidores. “Inicialmente, já tinham algumas localizações predefinidas, em outros concelho da zona Norte. Fiz um esforço no sentido de encontrar instalações compatíveis com os requisitos indicados, com mais de 2500 metros quadrados. Por mero acaso, consegui encontrar e o empresário aprovou fazer o arrendamento”, explicou. Luís Cameirão garantiu ainda aos proprietários da empresa que “não teriam dificuldade em recrutar pessoas com experiência necessária no setor da confeção têxtil”.

Por força da “instabilidade política e social” que assola a Tunísia, e que causa constrangimentos na “saída de mercadorias e entrada de nova maquinaria”, os investidores optaram por Portugal, que apresenta “um ambiente estável” e lhes dá “garantias de que podem ter produção sem interrupções”.

A diferença do custo de mão de obra entre os dois países não foi entrave para a decisão, uma vez que, em Portugal, “há valor acrescentado e capacidade de produção muito maior”, explicou Luís Cameirão. “(Os proprietários) não são alheios ao facto de os produtos feitos em Portugal terem a etiqueta made in União Europeia e de a qualidade da mão de obra portuguesa ser reconhecida. Também não é despiciente o facto menos positivo de que o custo do fator trabalho ter vindo a depreciar-se ao longo dos anos. Hoje, a mão de obra em Portugal é, em média, mais barata do que era há cinco anos”, acrescentou.

Os impostos “não foram entrave” para a instalação da empresa, uma vez que “neste momento, Portugal é razoavelmente competitivo do ponto de vista da taxa de IRC e mais atrativo se torna com a projeção da redução gradual ao longo dos próximos anos”, explicou. Uma vez que se tratam de “transmissões intercomunitárias”, o IVA “não teve relevância” na avaliação.

“A questão de existirem incentivos à contratação também é determinante, nomeadamente no que se refere a recrutamento de desempregados de longa duração e pessoas em situação de primeiro em primeiro emprego, porque as contribuições para a segurança social estão bastante elevadas”, asseverou.

O processo de instalação da Opportunity sofreu “algum atraso” relativamente ao agendamento previsto devido à dificuldade de “deslocar um conjunto de maquinaria que vem de uma das fábricas da Tunísia”. “Essas máquinas só foram libertadas há cerca de oito dias e, neste momento, estão em trânsito. A instalação só deve ocorrer no mês de janeiro”, explicou.

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Empresa da “fileira automóvel” na mira

Luís Cameirão avançou ainda com a possibilidade de mais uma empresa francesa se instalar na Trofa. Trata-se de uma unidade “da fileira automóvel” que pode chegar à Trofa “nos próximos meses”.

Por outro lado, houve empresas que não foram instaladas na Trofa, porque o concelho “não reúne as condições necessárias para determinado tipo de fábricas”. “Recentemente, instalei no Porto uma grande multinacional francesa que, neste momento, já tem mais de 400 trabalhadores, que exigia trabalhadores multilingues, e seria muito difícil fazer chegar à Trofa pessoas nessas circunstâncias. É bom que pensemos que ainda não temos metro e que as acessibilidades continuam a ser um problema muito sério”, afiançou.

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