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Edição 584

Jovem trofense lidera equipa em competição internacional de motociclismo

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Apenas um ano para construir uma mota que os vai representar na competição académica MotoStudent. De 7 a 9 de outubro, em Aragon, Espanha, uma equipa de alunos de Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro, liderada pelo trofense Pedro Silva, vai, pela primeira vez, entrar na competição que visa envolver estudantes universitários de todo o mundo na conceção, produção e avaliação de protótipo de moto de corrida.
A MotoStudent procura que os participantes desenvolvam “de raiz uma mota a quatro tempos, de 250 centímetros cúbicos, desde o design à análise dos cálculos”. “Envolve também um projeto de inovação e uma fase de projetos de industrialização, análise de custos e de mercado, e, depois, há a segunda fase da competição que é a corrida”, explicou Pedro Silva. Ou seja, é pedido às equipas que se assumam como uma empresa de motociclos e que desenhem, fabriquem e testem o seu protótipo de moto de competição. Numa outra vertente, as equipas têm que tentar vender as motos ao público como se fossem fabricantes, assim a competição não passa só pela engenharia, mas também pela lógica de mercado. Na competição MotoStudent são vários os aspetos avaliados. Na pista Motorland Aragon Circuit a análise leva em conta a aceleração, travagem, direção e resistência. Mas também o processo de fabrico, os custos, a ergonomia, a estética, facilidade de manutenção, inovação e fiabilidade são alvo de atenção por parte do júri.
A equipa que Pedro lidera é a única representante portuguesa “na categoria de motores a gasolina”, categoria Petrol, e parte para Aragon conscientes dos seus objetivos. “Tivemos cerca de um ano para fazer uma mota e é mesmo muito pouco tempo. Então decidimos fazer uma mota base, não ter coisas muito complexas e muito otimizadas, mas uma mota que nos permita no futuro desenvolver e optimizar e daqui a dois anos, que é quando há a próxima competição MotoStudent, apresentarmos realmente uma mota para ganhar”, avançou o responsável da equipa.
Ainda assim, o protótipo da equipa da Universidade de Aveiro vai distinguir-se dos demais em alguns pontos. “Começa logo pelo chassi, pela estrutura da mota, o quadro da mota vai ser um híbrido, a escora, que é o que segura a roda de trás, também vai ser maquinada em alumínio”. Mas é no projeto de inovação que poderá estar também um dos seus maiores trunfos: “Um depósito com revestimento em sandwish que inclui uma camada de cortiça, que em caso de acidente ou queda em que a mota comece a arder, evita que o combustível cause uma explosão”, explicou Pedro Silva.
A aventura na MotoStudent pode valer-lhes vários prémios. Para a fase de projeto estão destinados dois prémios no valor de três mil euros para o vencedor do melhor design e projeto de inovação. O melhor projeto de industrialização fabril, as análises de recursos e mercado e o vencedor da corrida também têm destinado um prémio de três mil euros. O vencedor total da competição, com a junção de todas as avaliações, leva para casa cinco mil euros.
São aliciantes as metas para esta ‘corrida’, mas a equipa portuguesa viaja consciente das limitações que apenas um ano para preparar um projeto desta dimensão causa. Por isso, explicou o responsável, “a expectativa nem é muito ganhar. Como líder da equipa, o meu objetivo é que quem trabalha comigo possa adquirir mais conhecimentos e aptidões nomeadamente na prática”, mas, continua, “vamos fazer o nosso melhor”. Na categoria da equipa nacional vão concorrer cerca de 26 motas, por isso “um lugar entre os dez primeiros era bastante bom, visto que foi pensado fazer uma mota base que permita evoluir nos próximos anos”. “O principal foco deste tipo de projetos é realmente alimentar conhecimentos que durante as aulas e durante o plano curricular não nos são ensinados”, concluiu Pedro Silva.
O jovem trofense, de 23 anos, tem como função fazer “a ponte entre o projeto e as empresas, a universidade e a associação. O meu papel é estar um pouco dentro de tudo, conhecer bem o projeto e orientar e garantir as melhores condições possíveis”, explicou Pedro Silva.
A equipa composta por Pedro Silva e mais nove elementos e um tutor (Ricardo Beja) vai avançar com uma campanha de crowdfunding, durante o mês de agosto, para quem os quiser ajudar a minimizar os custos, uma vez que só da inscrição são 300 euros por cada membro. Para saber mais informações pode consultar a página no Facebook Motochanics UA- Fundação do Desporto ou o site motochanicsua.wordpress.com .

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