Joana Lima quer “todos os militantes a remar no mesmo sentido”

Joana Lima tomou posse da presidencia da Comissão Política Concelhia do PS/Trofa em reunião, onde  também se elegeu o secretariado, composto por elementos da lista vencedora. Socialista quer conjugação de esforços entre PS e Câmara Municipal, que também lidera, para “restaurar a credibilidade” da autarquia.

 Em 1982, Mário Soares venceu as eleições intercalares e liderou um governo no quadro de uma grave situação financeira. Em 2010, Joana Lima, presidente da Comissão Política Concelhia do PS/Trofa citou este político para apelar à união do partido depois de umas eleições que nem fugiram muito ao consenso. Mas a líder socialista trofense quer fazer vigorar a força que fez o partido vencer as autárquicas de 11 de Outubro do ano passado. No discurso de tomada de posse, Joana Lima explicou que a sua recandidatura assentou na vontade do “cumprimento escrupuloso dos compromissos” que assume, com “responsabilidade, ambição e energia”.

Apesar de ter havido duas listas nas eleições, a socialista quer “todos a remar no mesmo sentido”, não para “existir consensos ou unanimidades”, mas para estarem “focalizados naquilo que é essencial”. “Hoje, o PS e a Trofa precisam de nós, da nossa dedicação, motivação e energia. Uma das razões que me levaram a recandidatar-me foi acreditar profundamente que não conseguimos enfrentar os desafios do presente, a não ser que o façamos em conjunto”, afirmou.

Energia e ambição são dois vocábulos que acompanharam a socialista até à liderança da Câmara Municipal da Trofa, mas ainda hoje Joana Lima não pretende desprender-se deles: “Reconheço que, perante os desafios que a Trofa enfrenta só podem ser bem sucedidos com energia e ambição nos projectos, mas também na acção”, afirmou.

A socialista considera que o PS/Trofa “deve assumir, sem hesitar, uma posição vanguardista na forma de pensar o concelho, os problemas, as necessidades e os anseios”. “Temos que reconhecer que, nem sempre o poder político na Trofa esteve à altura das suas responsabilidades. Basta recordar o passado recente com protagonistas conhecidos, passado que se deve relembrar, mas ao qual não importa voltar”, referiu.

Joana Lima considera que, nos últimos anos, a Trofa “perdeu qualidade de vida, capacidade de atracção de pessoas e empresas, desbaratou recursos e oportunidades”. Para inverter “as consequências desta gestão danosa” é necessário, na opinião de Joana Lima, uma conjugação de esforços entre o PS e o executivo camarário para “restaurar a credibilidade da Câmara Municipal e ajudá-la a cumprir com as suas responsabilidades”.

A presidente da Comissão Política afirmou ainda que o PS/Trofa deve “valorizar” os eleitos nas Juntas e Assembleias de Freguesia, Câmara e Assembleia Municipal através da promoção da “sua participação interna, estimulando a sua interacção com os militantes sem descurar a extensão do debate à comunidade”.

Joana Lima quer ver os militantes como “embaixadores do PS”, apelando para que tenham “capacidade de, em qualquer momento, explicar as posições políticas ao nível local e nacional”. “É também por isso que esta concelhia irá trabalhar em grande proximidade com todas as secções. Junto trabalharemos na criação de novos fóruns de debate e proximidade”.

A socialista não esqueceu os vectores estratégicos assumidos durante a campanha e garantiu a criação de um Conselho Consultivo do PS/Trofa, a aposta na formação dos militantes e autarcas, a partir de uma parceria com a Fundação Res Publica, a dinamização do partido através das estruturas de apoio (secções), o desenvolvimento de condições necessárias para a criação de uma secretaria permanente na Sede Concelhia do PS/Trofa e a construção de um futuro para que o PS “continue a ser a maior e mais dinâmica estrutura política do concelho”.

Durante a reunião da Comissão Política foram ainda eleitos os membros, todos da lista vencedora, que integrarão o secretariado, com 48 votos favoráveis seis brancos.