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Ano 2010

Joana Lima responde aos adversários

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 Foi com um discurso inflamado e “sem medo” que Joana Lima respondeu aos adversários políticos à liderança da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista da Trofa. A candidata anunciou ainda os projectos para o partido caso seja reeleita.

Foi “sem medo” e com “frontalidade” que Joana Lima respondeu às acusações dos adversários políticos para a liderança da Comissão Política Concelhia (CPC) do PS/Trofa num jantar que juntou cerca de mil pessoas na contagem decrescente para as eleições que se realizam no próximo sábado. E para além de muitos militantes, a socialista contou com o apoio do candidato à Federação Distrital do PS/Porto, José Luís Carneiro, do membro da Comissão Nacional do partido, Ricardo Bexiga e do presidente da Juventude Partidária do PS da Trofa, Marco Ferreira.

A candidata não deixou em branco a resposta às palavras do também candidato Luís Cameirão e do dirigente distrital do partido Renato Sampaio e revalidou o compromisso de que estará “sempre na primeira linha” para dar “o contributo necessário” ao Partido Socialista. Esta foi a primeira resposta ao argumento utilizado pelos adversários de que não terá tempo para liderar a CPC, sem também deixar de referir que foi esta a atitude que fez do PS o poder autárquico. “Como é que se pode dizer que o partido está amorfo, que eu não tenho tempo, quando nós conseguimos a maior vitória na Trofa?”, questionou.

Joana Lima explicou que a posição contrária de Luís Cameirão – que a socialista garante que ainda é membro do secretariado da CPC – deve-se ao facto de este ter tido “uma avença ao serviço da Câmara Municipal”, ainda governada pelo PSD: “Por isso é que em Junho (de 2009) não teve disponível para aparecer na campanha eleitoral, num momento em que precisávamos de um apoio forte, mas só quando cheguei à Câmara é que percebi. É preciso desmascarar isto”. A candidata afirmou ainda que Luís Cameirão recusou ser o número dois à Assembleia Municipal e o número cinco à Câmara Municipal porque “não podia afectar a sua vida profissional”, já que terá concorrido “a uma assessoria jurídica à Câmara Municipal e não queria ser prejudicado por isso”.

A candidata afirmou, ainda, que é preciso “desmascarar as calúnias”: “Ainda ontem (sexta-feira) numa sessão pública de militantes, ele dizia que havia alguém que mandava na Câmara da Trofa, que não era nem a presidente, nem os senhores vereadores. De mim até podem dizer o que eles quiserem, porque já estou habituada, mas não têm o direito de dizer sobre a equipa séria, competente e unida que eu tenho”.

Joana Lima também não esqueceu as duras críticas de que foi alvo por parte de Renato Sampaio, no jantar que anunciou oficialmente a candidatura de Luís Cameirão à CPC, e afirmou que o presidente da Federação Distrital do PS/Porto “quebrou o dever de isenção” ao ter um “discurso miserável”. Sobre a intenção de Renato Sampaio de “inverter o círculo político na Trofa”, a socialista respondeu que “não tem capacidade para isso”, porque “os trofenses e os militantes do PS não o autorizam”. E relativamente ao compromisso deixado pelo dirigente socialista de voltar à Trofa para explicar a sua posição aos militantes, Joana Lima deixou o desafio: “Ele que venha à Trofa, convoque uma Assembleia-geral e explique aos militantes da Trofa o que queria dizer com aquilo. Aí sim, eu posso dizer que ele é um caudilho de calças e que é um homem com ‘H’ grande, mas ele não tem essa coragem. Porque se tivesse, ele não podia convocar os militantes com uma sala destas, tinha que os convocar para o campo do Trofense, porque eu tenho a certeza que os militantes iam estar lá em peso para lhe dizer que o que se passa na Trofa passa-se com muito respeito, seriedade e transparência”.

A socialista também negou que a Federação Distrital tivesse qualquer responsabilidade pela vitória na Trofa e afirmou: “Há dois anos na disputa interna a Federação interferiu na Concelhia para que eu não ganhasse a concelhia e não fosse candidata à Câmara. A Federação nunca perguntou se nós precisávamos de alguma coisa”.

A responsabilidade pela vinda de José Sócrates à Trofa em tempo de campanha eleitoral também foi tema do discurso da socialista. Joana Lima quis desfazer “equívocos” e rejeitou que “alguém se arrogue por direito que não tem”, explicando que Filipe Vila Nova “foi o grande obreiro” da vinda do Primeiro-ministro à Trofa. “Depois das eleições legislativas, estava eu a fazer campanha no Alto da Sapateira e telefona-me um amigo, Filipe Vila Nova a perguntar se queria que pedisse para ele (José Sócrates) vir à campanha e eu disse que era a melhor coisa que podia acontecer na Trofa. Passadas duas horas, saiu do gabinete do Primeiro-ministro e disse-me que o Sócrates vinha e que depois ia receber um telefonema da Federação Distrital do Porto a dizer o dia e a hora e como iria organizar a iniciativa”. A candidata quis assim “esclarecer” que a Federação Distrital “nada fez para que Sócrates viesse”, explicando que serviu apenas “de intermediária” de contactos entre Sócrates e a candidata.

 

Projecto passa por “unir” e dar “um sentido diferente” ao partido

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Num biénio em que não vai haver eleições partidárias, Joana Lima construiu um projecto que visa “unir” e dar “um sentido diferente” ao PS da Trofa. A candidata pretende “criar um posto de trabalho para profissionalizar o partido, para que a informação chegue mais depressa”. A socialista anunciou também a intenção de “criar um Conselho Consultivo na estrutura do PS” e trazer não só militantes, como figuras independentes para “unir o partido à sociedade civil”.

O projecto prevê ainda a implementação de uma “formação autárquica”. “Todos os nossos camaradas vão ter oportunidade, se quiserem, de participar num Curso de Formação Autárquica para que, os que estão no poder e os que vão estar amanhã, não passem por dificuldades quando lá chegamos”, explicou.

A socialista referiu ainda que quer “dar vida e ajudar as secções” do partido a ter “mais acção”, através de conferências em todas as freguesias com “figuras do partido a nível nacional”. Depois de quatro anos como deputada e com os conhecimentos que adquiriu, Joana Lima considera que a CPC “está à vontade para convidar qualquer figura da primeira linha do partido para poder vir cá (à Trofa) e dar esclarecimentos”

A confiança da candidata no apoio dos militantes socialistas está alta, não só para poder vencer “a batalha” enunciada por Renato Sampaio como também para fazer do partido “mais forte” e da Trofa “um concelho mais próspero”. “Aos militantes peço que dêem sinal claro, já que a batalha da vida dele é a Trofa então vai perdê-la no próximo sábado”, frisou Joana Lima.

A socialista também não deixou de apelar aos militantes – inclusive aos cerca de “novos 400” que não podem votar para a CPC – que votem em José Luís Carneiro para a Federação Distrital do PS/Porto em Outubro. “Ele sim é um amigo da Trofa e esteve presente nos momentos mais importantes do nosso concelho como no último aniversário. Tenho a certeza que vos ides unir tanto os novos, como os antigos militantes, para votar em José Luís Carneiro no próximo Outubro, para aí sim, invertermos o círculo político na Federação Distrital. Digo isto sem medo, com a frontalidade que o actual líder me merece, que não teve respeito pela Trofa e que devia estar aqui a apoiar-nos”, sublinhou.

 

Figuras do PS confiam em Joana Lima

José Luís Carneiro, que já tinha estado presente no primeiro jantar que serviu para oficializar a candidatura de Joana Lima há cerca de um mês, voltou a mostrar o seu apoio, exaltando as qualidades que vê na candidata: “A sua entrega aos outros, a simplicidade, a vontade de partilhar com os outros os sucessos e, naturalmente, também as dificuldades, a capacidade de envolver, de agregar, de trazer à mesa de decisão aqueles que a acompanham e a capacidade para tomar decisões”.

Já Ricardo Bexiga trouxe “a solidariedade e admiração pela capacidade de trabalho político e de afirmação da presidente Joana Lima” e afirmou que “não faz sentido nenhum” que “se possa ter à frente de uma concelhia alguém que não está como líder dos destinos políticos da Câmara que é do PS”. “O que queremos é alguém que dê solidez, que dê a linha política, que dê a identificação socialista à governanção da Câmara Municipal e isso só há uma pessoa que é capaz de o fazer, que é a Dra. Joana Lima”, afirmou.

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As eleições para a CPC do PS/Trofa realizam-se no próximo sábado e a votos vão Joana Lima e Luís Cameirão. O Partido Socialista da Trofa conta, actualmente, com cerca de 1400 militantes.

 

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