Edição 619
O homem do Mundo que encontrou em S. Mamede a natureza da sua arte
“Dificilmente o que habita perto da origem abandona o lugar”. A frase de Alberto Carneiro explica a ligação umbilical que manteve com S. Mamede do Coronado, onde nasceu, viveu e se tornou um dos maiores vultos portugueses da escultura contemporânea do século XX. “Se tivesse nascido na cidade, se tivesse vivido a minha primeira infância na cidade, a minha obra não seria o que é. Nem eu, provavelmente, me teria encontrado com este mundo”, disse numa entrevista ao Público, em 2013.
Considerado um “modelo para todos os artistas”, alguém que “expandiu ilimitadamente o campo da escultura” e que “abriu novos caminhos para a prática artística em Portugal”. Será desta forma, e de muitas outras, que Alberto Carneiro será relembrado. O escultor natural de S. Mamede do Coronado faleceu a 15 de abril, vítima de problemas de saúde prolongados, no Hospital de S. João do Porto, e deixou um legado que será quase impossível replicar no concelho da Trofa.
Nascido a 20 de setembro de 1937, Alberto Carneiro encontrou a sua arte na natureza que a terra Natal lhe proporcionou. Fosse com a cerejeira que, sozinha, crescia no quintal de casa, fosse na madeira que começou a desbastar na oficina do santeiro Tedim, para onde foi trabalhar com dez anos, o artista fez do quotidiano, do ambiente que o envolvia e da própria essência como homem a alma da sua arte.
Leia a notícia completa na edição 619 do NT, nas bancas até 26 de abril.
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